Parte III
(CONTINUAÇÃO)
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Ironicamente o silêncio é colocado sobre o argumento do risco de deflação a partir do que diz o próprio governo ele próprio, uma vez que o governo espanhol contesta os números da União Europeia quanto à diferença entre o PIB potencial e o efectivo defendendo que a diferença entre os dois valores é muito maior do que o valor estimado e mais perto de 6%. O governo espanhol tem este comportamento para que o valor do défice estrutural seja revisto à baixa, mas no processo eles sugerem que o risco de deflação é muito maior do que o que se tem estado a pensar, uma vez que a economia está muito mais longe de atingir o seu nível de capacidade totalmente utilizada. Embora as medidas exactas da diferença entre o PIB potencial e o PIB efectivo sejam muito difíceis de se calcularem, pessoalmente não tenho nenhuma dúvida ao pensar que este é um caso onde os especialistas espanhóis em econometria estarão mais com os pés na terra do que os econometristas da União Europeia. Portanto, a deflação é então bem mais provável.
(continua)
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