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O rio Zambeze tem de comprimento 2574 quilómetros, e é o quarto rio de África, em comprimento. A sua bacia hidrográfica estende-se por quase 1.400.000 quilómetros quadrados. Nasce na Zâmbia, perto da fronteira da República Democrática do Congo e de Angola, atravessa o leste deste país, na sua marcha para sul, e vai bordejar a Namíbia, na faixa de Caprivi, e o Botswana, para depois seguir para leste, servindo de fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe, para finalmente entrar em Moçambique e ir desaguar no Oceano Índico. Atravessa assim seis países, e a sua bacia hidrográfica estende-se por sete. O seu percurso é muito acidentado, o que dificulta a navegação. São notáveis as cataratas de Vitória (Mosi-oa-Tunya, O Fumo que Troveja, é o nome tradicional que os habitantes locais lhe dão), Chavuma, na fronteira da Zâmbia com Angola e Ngonye, também na Zâmbia.

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A maioria das regiões que o Zambeze atravessa não têm grande densidade populacional, mas mesmo assim as populações que nelas habitam ultrapassam os 32 milhões de pessoas, a maior parte das quais tem na agricultura o seu modo de vida. Assim dependem das cheias do rio e dos seus afluentes que fertilizam as sua terras. A pesca é praticada em várias zonas. Os recursos mineiros são variados e são explorados em grau apreciável. Duas grandes barragens foram construídas ao longo do seu curso, em Kariba e Cabora Bassa. A sua construção afectou o curso do rio, cujo caudal foi modificado com influências significativas nos ecossistemas e na biodiversidade. Também será de notar que existem várias cidades ao longo do curso do rio, e que a poluição é pouco controlada.

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A fotografia acima foi tirada nas margens do rio Kafue, um dos afluentes mais importantes do Zambeze. O Kafue atravessa o Copperbelt da Zambia, uma importante região mineira. Trata-se de uma das regiões que requer bastante atenção no que respeita à protecção ambiental e à defesa da biodiversidade e da natureza em geral. Os países da região já têm criado zonas protegidas e reservas, como a de Kaza (ver: http://www.dw.de/acordo-entre-cinco-pa%C3%ADses-africanos-cria-maior-reserva-natural-do-mundo/a-15326103) e outras, mas políticas mais adequadas e investimentos são necessários, para defender o Zambeze e as populações ribeirinhas.
Sobre os problemas que incidem sobre a bacia do Zambeze ver também: