Rudolf Nureyev. “É uma das mais difíceis. Não queria ser fotografado. Esperei por ele e escolhi este enquadramento.
O grande bailarino e coreógrafo nasceu na União Soviética e foi considerado um dos mais brilhantes bailarinos do século XX, depois de outro mito da dança clássica, Nijinsky. Entrou para o Ballet Kirov na então Leninegrado, onde se revelou um virtuoso da dança e manifestou a sua rebeldia relativamente à grande tradição balletística russa. E em 1961, estando em Paris com o Kirov para uma série de espectáculos, furtou-se à vigilância soviética e pediu asilo político. Em França veio a ser considerado o “melhor bailarino do mundo”, juntando-se mais tarde ao elenco do Royal Ballet de Londres, como artista convidado, onde realizou espectáculos memoráveis com Margot Fonteyn, o seu par preferido. De 1983 a 1989 dirigiu o sector da dança da Ópera de Paris e, neste último ano, ainda teve oportunidade de voltar a dançar no seu país de origem. Morreu com 54 anos, em 1993, tendo cultivado, durante a sua carreira, uma aura de mistério e de grande divo. (MS).