Poema: Vasco Graça Moura (in “Mais Fados & Companhia”, Lisboa: Público, 2004 – págs. 82-83; “Poesia 2001/2005”, Lisboa: Quetzal Editores, 2006 – págs. 99-100)
Música: Carlos Paredes (“Nas Asas da Saudade”, in LP/CD “Asas Sobre o Mundo”, Philips/PolyGram, 1989, 1992)
Intérprete: Mísia* (in CD “Canto”, Warner Jazz France, 2003)
Asas de um lenço no azul imenso ave que vai voar nave no alto mar
agora que partiste fica onde moravas esta valsinha triste entre as rosas bravas
e no fim do lamento no jardim sopra o vento
vida assim desolada, névoa em mim, sombras, nada.
Vem à toa a saudade e magoa e vibra no meu peito, chega e parte a chamar-te meu amor, ó meu amor perfeito
e se um dia nalgum voo repentino a saudade for nas asas do destino vai correr mundo e levar o coração vagabundo à tua mão
[instrumental]
agora que partiste fica onde moravas esta valsinha triste entre as rosas bravas
e no fim do lamento no jardim sopra o vento
vida assim desolada, névoa em mim, sombras, nada.
[instrumental]
Asas de um lenço no azul imenso ave que vai voar nave no alto mar
Tia Minha Gentil
Poema: Vasco Graça Moura (in “Mais Fados & Companhia”, Lisboa: Público, 2004 – págs. 88-89; “Poesia 2001/2005”, Lisboa: Quetzal Editores, 2006 – pág. 104)
Música: Carlos Paredes (“Canção para Titi”, in CD “Canção Para Titi: Os Inéditos de 1993”, EMI-VC, 2000)
Intérprete: Mísia* (in CD “Canto”, Warner Jazz France, 2003)
[instrumental]
Tia minha tão gentil que me educaste, da minha vida adivinha o que sempre adivinhaste
tia minha, que em menino me cuidaste, e da manhã à tardinha, eras flor curvando a haste
tia minha, em pequeno acompanhaste tu sozinha, tu sozinha, tanta dor que dissipaste
tia minha, cresci, sofri, que contraste, tia minha vem asinha, saber como me lembraste
tia minha, por muito que a vida arraste, se eras outra mãe que eu tinha, mãe como ela ficaste
tia minha, não mereces que te baste esta guitarra à noitinha: meu coração escutaste
tia minha, que em menino me cuidaste, e da manhã à tardinha, eras flor curvando a haste
tia minha, em pequeno acompanhaste tu sozinha, tu sozinha, tanta dor que dissipaste
[instrumental]
tia minha, não mereces que te baste esta guitarra à noitinha: meu coração escutaste