INTRODUÇÃO A TRÊS TEXTOS SOBRE A UCRÂNIA, SOBRE O PERIGO DE UMA NOVA GUERRA – por JÚLIO MARQUES MOTA

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Introdução a três textos sobre a Ucrânia, sobre o perigo de uma nova guerra

 

Três artigos mais  à volta da Ucrânia. Um deles, de um general , Jean-Bernard Pinatel,  é um artigo indispensável para quem, de uma forma rápida se quiser informar sobre a história  do lado de lá, a Ucrânia, que se quer agora do lado de cá,  e os outros dois um verdadeiro pesadelo. Dir-me-ão, propaganda pró-soviética nada mais. Não me  parece que assim seja. Um dos outros dois, um texto  sobre Obama e sobre as suas decisões de quem pode e deve ser morto pelos drônes, uma imagem que Obama, ele próprio,  quis vender de si-próprio, é um texto incómodo, quando se fala de alguém  que à escala planetária aparece como o maior defensor dos direitos do Homem e o terceiro, bom, sobre uma fuga de um texto da Rand Corporation é um convite a uma visita ao inferno. Mas esse inferno conhecemo-lo bem das guerras do Vietname, esse inferno conhecemo-lo bem das descrições dos comportamentos nazis, onde o massacre dos judeus se deveu de imediato, para mobilizar as tropas SA, aos extermínios dos judeus para  lhes ficar com as casas e com os empregos. Eram os trabalhadores e os pequenos burgueses dos judeus alemães que eram assim visados e de imediato para mobilizar as tropas da escala inferior do sistema nazi. Depois houve o dinheiro que era necessário para  alimentar a guerra.

Veja-se o documento da Rand Corporation. E tem-se a sensação do déjà vu, com a diferença que muito do que lá está escrito tem, na verdade,  estado a ser feito. Leiam-se os artigos de Paul Craig Roberts, antigo sub-secretário americano  para tirarmos as dúvidas, leiam-se os blogs sérios como é o caso do blog de Jacques Sapir, leiam-se textos  como é o caso do texto nº 1 aqui apresentado, escrito pelo general Jean-Bernard Pinatel. E digam-me então se não têm, como eu tenho, a  sensação de que estamos a ganhar para o abismo. E em nome de quê, mesmo dando de barato que pode haver alguma razão  que o possa justificar, o que não pode historicamente ser verdade.

Júlio Marques Mota

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