CELEBRANDO SOPHIA – 6 – por Álvaro José Ferreira

Nota prévia:

Para ouvir os poemas de Sophia (os recitados e os cantados), há que aceder à página

http://nossaradio.blogspot.com/2014/07/celebrando-sophia-de-mello-breyner.html e clicar nos respectivos “play áudio/vídeo”.

Celebrando Sophia de Mello Breyner Andresen

Imagem1

Sophia fotografada em 1940.

Capa do livro “Sophia de Mello Breyner Andresen: Uma Vida de Poeta” (Editorial Caminho, 2011), catálogo da exposição que esteve patente na Biblioteca Nacional, de 26 de Janeiro a 30 de Abril de 2011. «Na minha infância, antes de saber ler, ouvi recitar e aprendi de cor um antigo poema tradicional português, chamado Nau Catrineta. Tive assim a sorte de começar pela tradição oral, a sorte de conhecer o poema antes de conhecer a literatura. Eu era de facto tão nova que nem sabia que os poemas eram escritos por pessoas, mas julgava que eram consubstanciais ao universo, que eram a respiração das coisas, o nome deste mundo dito por ele próprio.» Sophia de Mello Breyner Andresen (excerto inicial de “Arte Poética V”, in “Ilhas”, Lisboa: Texto Editora, 1989)

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Musa

Poema: Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Dual”: IV – “Dual”, Lisboa: Moraes Editores, 1972; “Obra Poética III”, Lisboa: Editorial Caminho, 1991 – pág. 140)
Música: Custódio Castelo
Intérprete: Cristina Branco* (in CD “Corpo Iluminado”, Universal Music France, 2001)

Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos

Musa ensina-se o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente

* Cristina Branco – voz
Custódio Castelo – guitarra portuguesa
Alexandre Silva – viola
Fernando Maia – viola baixo
Produção e arranjos – Custódio Castelo
Co-produção em estúdio – Fernando Nunes
Produção executiva – Yann Ollivier
Gravado por Fernando Nunes, nos Estúdios Pé-de-Vento, Salvaterra de Magos, em Janeiro de 2001

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