NESTE DIA… 5 de DEZEMBRO de 1911, nasceu CARLOS MARIGHELLA

Neste dia... - João - II

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Carlos Marighella nasceu na Rua do Desterro, na Baixa do Sapateiro, em Salvador da Bahia. Era um dos sete filhos de um operário italiano imigrado e uma descendente de sudaneses haussas, tornados escravos. Apesar dos recursos modestos da família estudou engenharia civil até ao 3º ano,  altura em que abandonou o curso e se mudou para o Rio de Janeiro, após se ter filiado no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Tinha sido preso pela primeira vez em 1932, por críticas ao interventor (governador nomeado pelo presidente da república, na altura Getúlio Vargas) da Bahia, Juracy Magalhães. Foi novamente preso em 1936, tendo sido torturado e ficando detido durante mais de um ano, sem condenação. Tendo sido libertado, entrou na clandestinidade, tendo sido preso novamente em 1939. Só foi libertado em 1945, sob a influência da vitória sobre o nazismo e o fascismo, no fim do período chamado do Estado Novo, com o derrube de Getúlio Vargas e a entrada do país num período de democratização relativa. Marighela é então eleito deputado federal constituinte, pelo PCB da Bahia. Mas o novo presidente da república, Eurico Gaspar Dutra, aproximou-se dos sectores direitistas, e em 1947 o PCB é novamente interdito. Marighela participa nas lutas sindicais em S. Paulo e visita a URSS e a China. Em 1964, é implantada a ditadura militar e ele é novamente detido. Libertado por ordem judicial, faz a opção pela luta armada contra a ditadura. Em 1967 é expulso do partido, e funda a ALN – Acção Libertadora Nacional, que leva a cabo várias acções armadas. Uma delas, em conjunto com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro,  foi o aprisionamento do embaixador americano Charles Elbrick, cuja libertação foi feita contra a de quinze presos políticos.

Carlos Marighela foi morto em S. Paulo, numa emboscada armada pelo DOPS –  Departamento de Ordem Pública e Social, a 4 de Novembro de 1969. Foi reabilitado e homenageado quando a democracia regressou ao Brasil. Recentemente, à sua viúva, Clara Scharf, foi atribuída uma pensão, sem que ela o tivesse solicitado.

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Pedra instalada na Alameda Casa Branca em homenagem a Marighella, morto nas imediações.

 

Marighela foi autor do Minimanual do Guerrilheiro Urbano, que ele escreveu para servir de orientação à ALN. Escreveu outras obras, como A Crise Brasileira, Algumas questões sobre a guerrilha no Brasil e Um chamamento ao povo do Brasil. Também foi autor de poesia, que foi inserida em Rondó da Liberdade.

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Propõe-se a leitura em anexo do texto a que se acede pelo link seguinte:

http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-marighella.jhtm

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