ORDEM DOS PSICÓLOGOS MANIFESTOU-SE CONTRA REALTÓRIO DA DIRECÇÃO GERAL DA SAÚDE por clara castilho

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Transcrevemos parte de um comunicado da Ordem dos Psicólogos, em resposta a um relatório divulgado dia 4, pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) “Portugal – Saúde Mental em números 2014”, cuja autoria é da responsabilidade do Programa Nacional para a Saúde Mental e da Direcção de Serviços de Informação e Análise e que contou com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e da Infarmed.

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Com o título “Saúde Mental em Portugal: A (ir)realidade dos factos”, afirmam:

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) não pode deixar de se manifestar preocupada com a não concordância entre o referido estudo e o Ministro da Saúde, Dr. Paulo Macedo, no que ao número de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) diz respeito.

[…] a OPP não pode deixar de se mostrar extremamente preocupada, já que, de acordo com os números apresentados, a sociedade e as entidades responsáveis poderão ficar com a ideia (incorrecta) que existe um acesso satisfatório aos serviços de psicologia no SNS, quando, na realidade, verifica-se exactamente o oposto. […] Actualmente, existe uma carência de psicólogos no SNS e é imperativo a mudança imediata do actual paradigma, correndo-se o risco dos problemas de saúde mental aumentarem e deixarem de ser “apenas” uma em cada cinco pessoas com perturbações psicológicas. 

Entretanto, e igualmente grave, foi o facto de nenhuma Ordem Profissional da área da saúde ter sido ouvida pelo Grupo de Trabalho para a Avaliação da Situação da Prestação de Cuidados de Saúde Mental e das Necessidades na Área da Saúde Mental.

[…] Mais uma vez, a Ordem dos Psicólogos Portugueses sublinha a importância da intervenção psicológica nas questões da saúde mental e reafirma a existência de um custo-benefício favorável face a outro tipo de intervenções. A OPP mostra-se, como sempre, totalmente disponível para dialogar com todas as entidades que pretendam, de facto, melhorar a saúde mental em Portugal, poupando nos custos e no sofrimento dos portugueses.

A Direcção – Lisboa, 5 de Dezembro de 2014

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