SINAIS DE FOGO – Não há excepções para os gregos” – por Soares Novais

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HOMEM SEM PRÉSTIMO

 Inútil, incapaz, escusado. Sem préstimo. Um homem sem préstimo. É isso que o dr. Cavaco é.

E é, também, um homem rancoroso, como muito bem prova o seu comportamento em relação a José Saramago e a Carlos do Carmo, por exemplo.

Um homem, pequeno, que atribui a comenda de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique ao senhor que faz os trapos para a sua mulher e que se sente lisonjeado por ter entre os seus mais íntimos o dr. Dias Loureiro – exemplar empresário português no dizer do comum amigo Passos Coelho.

Agora,  depois de se sentir “aliviado” pelo facto da TAP ser vendida por dez reis de mel coado, o dr. Cavaco faz coro com os abutres da Europa e vocifera:

Não há excepções para os gregos!

Pois não, não há. As excepções são só para alguns. Para ele, por exemplo, que viu o dr. Oliveira e Costa pagar-lhe as acções que detinha no BPN com a generosa retribuição que se conhece. (O problema é que se soube, depois, que o dito Costa era o personagem principal do maior caso de burla da história portuguesa e que, agora, nós contribuintes, pagamos com língua de palmo.)

 O dr. Cavaco, que é um dos presidentes mais gastadores da Europa, foi sempre um videirinho, um atento, venerado e zeloso servidor dos mais poderosos.  Dos abutres e dos esbirros. Um homem sem sobressaltos cívicos.

 Prova-o a sua ida à PIDE onde escreveu, com a sua mãozinha servil, que nada tinha contra “o regime vigente”. Um regime que tinha em Américo Tomaz um dos seus símbolos.

Ou seja: um homem tão sábio e sem préstimo quanto ele Cavaco.

 A tempo: Enquanto o dr. Cavaco apontava o dedo à Grécia e aos gregos, os lesados do BES cercavam a sede do Novo Banco, em Lisboa. Um ano e dois suicídios depois, a luta dos lesados do BES ganha músculo por via do desespero que atinge as vidas daqueles pequenos investidores. Pequenos investidores que não esquecem que o dr. Cavaco veio a terreiro afirmar que o BES era credor de toda a confiança e o dr. Ricardo um homem de bem …

 

1 Comment

  1. A Comenda foi muito bem dada. Ou não ´é internacionalmente reconhecido o prestígio que as toiletes de Dna. Maria deran ao país?

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