“Bandalhoca”, “Fora da Lei”, “Heróis del Despacho”, “Lex No More”, “Lawcura”. Eis os nomes de algumas das bandas que na próxima 5ª feira actuam no espaço da Lx Factory, em Lisboa (1).
Os nomes, como se vê, são sugestivos. Sobretudo, porque entre os seus elementos estão alguns dos mais ilustres da advocacia portuguesa.
Como Proença de Carvalho, que integra a “Heróis del Despacho”, do qual se diz ser tão bom rocker como astuto defensor dos ricos e poderosos que há muito o resgataram à sua condição de ignorado e mal pago inspector da PJ(2).
Mas se a banda de Proença tem nome tão sugestivo, a que representa o escritório do sagaz José Miguel Júdice supera-o. Atente-se: “Fora da Lei”.
Desconheço quem são os “Fora da Lei”, mas sei quem são alguns dos elementos do escritório de Júdice. Nuno Morais Sarmento, Luís Miguel Pais Antunes e João Medeiros são três deles.
Os dois primeiros já foram governantes mas o que fizeram não foi nada que os seus currículos registem.
A não ser claro está o facto do dr. Nuno ter notória dificuldade em pronunciar a letra “r” e de ter tentado substituir a palavra Revolução por Evolução…
Quanto ao último desta lista de três, a coisa fia mais fino. O senhor tem notoriedade como defensor de alguns dos mais notáveis acusados de “tráfico de influência” e “associação criminosa” do país.
Desconheço se o dr. Medeiros toca algum instrumento. Mas reconheço que o seu ar de mauzão, assim ao estilo de Mick Jagger, e o seu cabelo desalinhado contribuiriam para dar uma significativa e marcante imagem aos “Fora da Lei”.
Disso não tenho dúvidas.
(1) Segundo notícia que li na página 94 da última “Visão” há uma donativo mínimo (€20) para ver actuar tão afamados advogados-rockers. A receita, como é costume entre gente de bem, reverte a favor de uma ONG.
(2) Apesar de todos os esforços feitos nesse sentido, não consegui confirmar a presença do seu dilecto amigo Dias Loureiro que, entre outras actividades, também é seu cúmplice nestas andanças roqueiras. Tal qual ficámos a saber numa reportagem televisiva de alguns anos e quando o dr. Loureiro era apresentado como um português exemplar que “subiu na vida” por mérito próprio…