O TODOS é uma viagem intercultural, é viver os mundos que existem dentro de cada um desde a culinária, à dança, ao circo, ao teatro, à música…a tudo e a Todos, é uma festa feita de partilha.
São muitas as pessoas, que acorrem às diversas actividades, com o entusiasmo de quem sabe que vai ver pessoas, actividades, diferentes das que vê e sente no seu dia a dia.
É uma oportunidade de ver o mundo sem fronteiras.
A interculturalidade é um modo de vida muito sensível. É fácil a comunidade dominante fazer sentir-se melhor do que as minoritárias, até que o outro se sinta excluído.
Da exclusão nasce a desconfiança e, quantas vezes, a violência entre os diferentes.
A interculturalidade é a partilha de culturas.
Hoje em dia basta olharmos à nossa volta para percebermos que afinal há muita gente no mundo que não é só nosso.
……. e “Veio-me à memória uma frase batida” Todos Iguais/Todos Diferentes.
Percorremos tantos caminhos, entre cultura e cultura, que nos perguntamos: somos iguais ou somos diferentes?
Quando estamos afastados, por fronteiras, sentimo-nos diferentes, melhores e indignados com os modos de vida de algumas culturas, mas quando estamos lado a lado, se calhar já não somos assim tão diferentes, apesar dos preconceitos.
Violência é igual a cabo-verdeano.
Negócio é igual a chinês.
Festa é igual a brasileiro.
Intermediário de armas é igual a romeno.
Trafulhice é igual a cigano.
Desacato é igual a pobre dos subúrbios
Trabalhador é igual a indiano.
………………….
A interculturalidade resulta da multiculturalidade. Não é difícil as sociedades serem multiculturais (como sempre o têm sido), o difícil é reconhecer o outro como um eu.
Onde estão ministros caboverdeanos, locutores de televisão ciganos, presidentes de juntas de freguesia indianos?
Pois é, a interculturalidade não é vivermos com alegria a festa do TODOS, é levarmos o TODOS dentro de nós.