A canção L’homme armé constitui um dos mais glosados temas da música sacra ocidental desde o Renascimento. Encerrando no nome uma oportuna ironia e na música uma profunda nostalgia, L’homme desarmé de Eurico Carrapatoso exprime nos seus cinco andamentos (Melancolia, Galope, Meditação, L’homme desarmé e Saudade) ambientes em estreita relação com os títulos. Escrito em Milão no ano de 1957, o Segundo Quarteto de Cordas de Joly Braga Santos é uma obra da sua primeira fase compositiva e apenas foi estreado três décadas depois, permanecendo hoje como um exemplo de abertura à modernidade dentro dos moldes de uma estrutura clássica.
O programa encerra com uma obra-prima de juventude de Paul Hindemith e que raramente se apresenta em concerto, constituindo uma oportunidade a não perder para os amantes da música de câmara.