EDITORIAL – A UNIÃO (ACÇÃO) NACIONAL (POPULAR) AO ATAQUE

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Cavaco Silva resiste. Apesar de Bruxelas, pela voz de Jeroen Dijsselbloem, presidente do eurogrupo, um dos principais responsáveis pela imposição à Grécia do vergonhoso diktat de Julho passado, continuar a insistir na necessidade de apresentação por Portugal do esboço de orçamento para 2016, e de que uma das teclas em que Cavaco e os seus amigos de (extrema) direita mais batem, é a do cumprimento dos tratados europeus, o presidente da república, em fim de mandato, resolveu encarregar “o Secretário-Geral do Partido  Socialista de desenvolver esforços tendo em vista apresentar uma solução governativa estável, duradoura e credível”. Entretanto, impõe-lhe que esclareça seis questões que considera omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”. Considera que suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura.

No link abaixo, que permite aceder ao site da presidência da república, pode-se ler a nota informativa sobre o que foi solicitado ao secretário-geral do partido socialista. É perfeitamente claro que o tom em que estão enunciadas as questões levantadas, bastante genérico, impõe que se responda de uma maneira lata, dando aso a uma troca de argumentos que se poderá arrastar no tempo (será a intenção do actual ocupante do cargo de presidente da república). A não ser que António Costa decida responder que não alterará em nada as orientações que têm sido seguidas, e que a cartilha Passos/Portas vai continuar em vigor. Isso, claro, impossibilitará a entrada em funções de um governo PS, apoiado pelo BE e PCP. Não é de excluir, de modo nenhum, que é isso que se pretende.

http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=98124

 

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