EDITORIAL: PULAR FORA DA PANELA PARA NÃO MORRER COZIDO

É conhecida a história do sapo posto numa panela com água fria e que, logo editorialaquecendo esta, se deixa morrer cozido, por não ter indo habituando ao aumento de temperatura até ao seu fim inevitável. Esta incapacidade de decidir quando pular fora também é comum no ser humano… Com a vida controlada por bancos, empresas de que dependemos para a vivência do dia-a-dia, satisfação de necessidades que não são essenciais mas apresentadas pela publicidade como tal (um carro novo, um telefone acabadinho de sair, um écran maior de televisão…). No caso de casas de habitação sabe-se que é um empréstimo para toda a vida

Vem isto a propósito das famílias que perderam a casa em Portugal. Nos últimos dois anos quase 5.900 famílias perderam a casa em penhoras por dívidas à Autoridade Tributária.  Há quem advogue quem contrai empréstimos deve saber com que se governar. Só que há situações em que se passou a ganhar menos sem ter sido despedido, em que se ficou sem emprego (por vezes ambos os membros do casal), etc… E a verdade é que o que tem acontecido é que quando os bancos vão à falência, têm sido os contribuintes a pagar… Dois pesos, duas medidas.

Mas, no passado dia 7, a morada de família ficou protegida, pois a maioria de esquerda na Assembleia da República aprovou vários projectos-lei que vão nesse sentido, em caso de existirem dívidas ao fisco.

Começamos a pular fora da panela para não morrermos cozidos?

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