Na Gulbenkian – Grande Auditório – dia 21 de Abril às 21:00
Patricia Petibon e Orquestra Gulbenkian
Árias e canções espanholas num concerto repleto de sentimento e contrastes
PATRICIA PETIBON (soprano)
ORQUESTRA GULBENKIAN
FRÉDÉRIC CHASLIN (maestro)
Obras de:
Enrique Granados, Joaquín Turina Manuel de Falla, Gerónimo Giménez, Frederico Moreno Torroba, Joseph Canteloube, Jules Massenet, Emmanuel Chabrier, Heitor Villa-Lobos, Leonard Bernstein, Xavier Montsalvatge
Neste concerto, a soprano francesa interpreta obras de Enrique Granados, Joaquín Turina, Manuel de Falla, Gerónimo Giménez, Frederico Moreno Torroba, Joseph Canteloube, Jules Massenet, Emmanuel Chabrier, Heitor Villa-Lobos, Leonard Bernstein e Xavier Montsalvatge, acompanhada pela Orquestra Gulbenkian e com direção do maestro, pianista e compositor francês Frédéric Chaslin que é atualmente Diretor Musical da Orquestra Sinfónica de Jerusalém.
A cultura espanhola intrigou e fascinou a soprano francesa Patricia Petibon desde a sua infância. Sentindo na criação artística espanhola uma forte expressão popular, a cantora integrou nos seus primeiros recitais reportório de autores espanhóis, mas também de latino-americanos. Foi essa a base para o seu álbum Melancolía, aqui parcialmente revisitado por uma cantora conhecida pela intensidade com que aborda as suas interpretações. «No palco», acredita Petibon, «o carisma é indispensável».
Patricia Petibon nasceu em Montargis, França, em 1970, e estudou musicologia no Conservatório de Paris com Rachel Yakar. Famosa pelas suas interpretações de música antiga, destacam-se nessa área diversas colaborações com o maestro William Christie e o agrupamento vocal e instrumental Les Arts Florissants, e interpretações de variados papéis nas mais prestigiadas salas europeias, como a Deutsche Oper am Rhein, as Óperas de Lyon e Nancy, o Teatro do Capitólio de Toulouse, a Ópera da Bastilha, o Théâtre du Châtelet, a Ópera de Zurique, o Musikverein e a Ópera Estadual de Viena.
Desde cedo fascinada pela cultura espanhola, Patricia Petibon confessa que mesmo nos seus primeiros recitais tentou sempre integrar reportório de autores espanhóis. Porém, foi aquando de uma visita a Madrid para interpretar Dialogues des Carmélites, e ao conhecer o encenador Emilio Sagi, que a soprano francesa se familiarizou com a zarzuela. O seu interesse pela canção espanhola traduziu-se em diversas colaborações com artistas dessa nacionalidade e no lançamento do álbum Melancolia no qual explora os diferentes ângulos desse sentimento, desde a perda de esperança às alegres recordações de infância.
Patricia Petibon considera que os artistas espanhóis usam a força do corpo para dar sentido à música e vê nessa caraterística um paralelismo com o barroco e as suas personagens exacerbadas. A paixão pelos contrastes e pela utilização da música como instrumento para expressar emoções são evidentes nas suas atuações e levaram o The Guardian a escrever, a propósito do seu mais recente álbum, La Belle Excentrique, “[Patricia Petibon] divide opiniões é fácil ter dúvidas acerca dela mas no seu melhor, é uma artista sedutora e uma verdadeira lufada de ar fresco”.