EDITORIAL – HOJE É O DIA INTERNACIONAL  DA BIODIVERSIDADE

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Desde 1992 que o dia 22 de Maio, por decisão da ONU, é o Dia Internacional da Biodiversidade (International Day for Biological Diversity). Estamos todos cansados de ouvir falar de dias nacionais, europeus, internacionais e mundiais, é verdade. Há talvez uma saturação de temas, que foram lançados sem por vezes se assegurar de que merecem tão grande destaque. Mas temos de reconhecer que pelo menos alguns deles são de inegável importância para toda a gente. A biodiversidade é sem dúvida um destes últimos.

Que a defesa da biodiversidade é sem essencial para a sobrevivência da espécie humana, ninguém o nega hoje em dia, pelo menos abertamente. A principal ameaça, ao nível global, tem sido a exploração de recursos naturais ao máximo, política geralmente adoptada por todo o mundo. Embora desde há muito se saiba que os recursos naturais não são ilimitados (um exemplo prático: o pousio na agricultura), o grande crescimento económico dos últimos séculos, nomeadamente a partir da revolução industrial, levou a que muita gente pensasse que o desenvolvimento da ciência e da tecnologia permitiria que, no caso de esgotamento de um recurso natural, haveria sempre a possibilidade de encontrar substitutos. Hoje em dia, já se vai olhando com mais cautela para essa situação. Por outro lado, as alterações climáticas estão a pôr a claro que a sobreexploração de recursos pode provocar danos irreversíveis, não só pelo seu esgotamento, mas também pelos danos ambientais. Vejam-se os numerosos problemas relacionados com a agricultura, e com a exploração de combustíveis fósseis.

Entre esses problemas há na verdade grandes diferenças. Pertencem a universos (usemos esta figura) completamente distintos as preocupações de uma pequena comunidade agrícola, em cujas vizinhanças os defensores da natureza e da biodiversidade procuram defender ou reintroduzir lobos ou linces, e as populações que habitam regiões onde se pretende introduzir a exploração petrolífera, ou o cultivo de organismos geneticamente modificados. Estas situações tão diferentes não devem fazer recuar os governos e os cidadãos, pelo contrário, devem ser enfrentadas, e ser preparadas as respostas adequadas às diversas situações. O Dia Internacional da Biodiversidade deve assim ser de reflexão para todos, pois o bem-estar  e a democracia estão intimamente ligados a este tema.

Propomos que cliquem no link seguinte:

https://www.cbd.int/idb/2016/

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