EDITORIAL – CABO VERDE

logo editorialEntre as ex-colónias portuguesas, Cabo Verde é talvez aquela em que a matriz cultural portuguesa é mais evidente e menos negativa. Do mesmo modo que o Brasil é, como diz Chico Buarque no seu esas, «um imenso Portugal«, Cabo Verde é um «pequeno Portugal», onde os portugueses se sentem em casa (o mesmo não poderão dizer os muitos milhares de cabo-verdianos que vivem em bairros degradados das cidades portuguesas).

Mas não falemos de tristezas, pois passa hoje o 41º aniversário da independência do Arquipélago. Esta afirmação veicula um sentimento fraterno para com os irmãos cabo-verdianos e não o esboço de uma lisonja que seria de uma vaidade disparatada. Todos os povos têm características positivas e negativas, dependendo de apreciações subjectivas e das perspectivas pelas quais são apreciadas, ; dizer quais são umas e outras.

No dizer de alguns políticos que não podem ser classificados como colonialistas, Cabo Verde deveria ter permanecido como parte integrante da República Portuguesa com um estatuto de autonomia semelhante aos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores; opinião que ouvimos ser defendida por alguns cabo-verdianos, que dificilmente classificaríamos como fascistas ou traidores. Mas não foi esse o caminho escolhido e com toda a fraterna amizade saudamos a Republica de Cabo Verde, desejando aos cabo-verdianos toda a felicidade que merecem.

Repetimos o apelo que temos feito com frequência – que cabo-verdianos da diáspora ou não, nos ajudem a manter uma rubrica dedicada ao seu País.

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