EDITORIAL –  A ESTES NÃO HÁ FRONTEIRAS QUE OS DEFENDAM

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Graças a mão amiga pudemos ler a notícia a que se pode aceder clicando no primeiro link abaixo. Perante a situação nela descrita, de tantas crianças a trabalharem em vez de estudarem, temos de repetir uma estafada pergunta: como pôr cobro a esta vergonha?

Não vamos repetir o muito que já foi dito sobre os prejuízos resultantes do trabalho infantil. Lembremos que o Bangladesh é um dos Next Eleven, os onze países identificados pelo Goldman Sachs como de grande potencial económico, e capazes de virem a figurar entre as economias mais fortes do mundo, logo a seguir aos BRIC. Entretanto, as condições de vida da sua população, que ronda os 150 milhões, são muito más, com a agravante de que tem uma taxa de crescimento entre as maiores do mundo. A economia tem assentado sobretudo na pequena agricultura, com uma forte migração do campo para as cidades. A capital, Dacca, tem mais de sete milhões de habitantes, e cerca de um quarto da população vive abaixo do limiar da pobreza, o que significa viverem com menos de 1,25 dólares por dia. Foi ali que, há poucos anos ocorreu a catástrofe do Rana Plaza (clicar no segundo link abaixo), cujo desabamento, devido à construção deficiente e à falta de fiscalização competente, causou mais um milhar de vítimas, a maior parte mulheres que trabalhavam em pequenas indústrias ali instaladas.

Quando nos debruçamos sobre as condições de vida no Bangladesh e noutros países dos Next Eleven, e não só, percebemos porque os trabalhadores de outros países, com melhores condições de vida, têm receio de verem as suas próprias condições de vida afectadas pela concorrência. O que estes têm de compreender é que deixando os seus iguais de outros países entregues à sua sorte não evitam o seu próprio empobrecimento, como agora parecem pensar alguns americanos. E deixando os muros e fronteiras de Trump firmarem-se vão ver a sua vida e a dos outros agravarem-se ainda mais. Para ele e para os outros plutocratas não faz sentido preocuparem-se com as condições de vida dos trabalhadores, embora digam o contrário. Falam muito dos que vivem ao pé da porta, mas nem a esses ligam. A não ser que lhes batam com força ao batente.

Propomos que cliquem nos links abaixo:

http://www.theuniplanet.com/2017/01/criancas-do-bangladesh-trabalham-64.html

https://aviagemdosargonautas.net/2013/05/01/editorial-primeiro-de-maio/

http://www.goldmansachs.com/our-thinking/archive/archive-pdfs/brics-book/brics-chap-13.pdf

http://cri.org.bd/publication/Progress%20&%20Dev/BD%20In%202015%20Progess%20and%20Development%20-%20Final.pdf

 

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