Boa tarde!
Esta semana temos uma sessão extra de cinema na quinta-feira e dois ensaios da Kantata do Tecto Incerto na sexta e no sábado; além das nossas rubricas regulares como os Leitores Achados, a Paleta e o Mundo e o ciclo de cinema
«Sem casas não há ruas…»
Vamos falar sobre racismo?
Filme «Alcindo» de Miguel Dores (e conversa)
Quinta-feira, 14 de Abril, às 21h
É sempre demasiado tarde e nunca demasiado cedo para falarmos sobre racismo. É sempre urgente. E infelizmente cada vez mais. O pretexto para esta conversa é o recente filme de Miguel Dores, que, partindo da memória da noite de violência de 10 de Junho de 1995 em Lisboa, que culminou com o assassinato de Alcindo Monteiro, nos dá um retrato do racismo e da luta anti-racista desde aí até aos nossos dias.
Inserida na rubrica da Casa da Achada «Não deixarei que me separem de ti mundo», em que discutimos temas da actualidade, a sessão conta com a presença de Miguel Dores e de activistas anti-racistas, para uma conversa viva e documentada.
Comunidade de leitura: os Leitores Achados
Domingo, 17 de Abril, às 16h
Os Leitores Achados este mês lêem e comentam em voz alta o conto «Anos de Chumbo» de Chico Buarque.
A Paleta e o Mundo XI
Uma hora de leitura colectiva comentada e com projecção de imagens.
Com Lena Bragança Gil.
Segunda-feira, 18 de Abril, às 18h30
Novo ciclo de leituras colectivas comentadas e ilustradas: vamos encontrar no Passageiro Clandestino – e nas notas de Eduarda Dionísio – as referências do autor à feitura do enorme ensaio A paleta e o mundo, que foi sendo publicado em fascículos entre 1955 e 1962.
Ciclo de cinema: Sem casas não há ruas
Segunda-feira, 18 de Abril, às 21h30
Três filmes com formas bem distintas sobre lutas em lugares e tempos diferentes, das batalhas pela casa no pós-25 de Abril de 1974 a manifestações recentes (em Lisboa) ou a ocupações em Toulouse (França). Uma oportunidade para pôr em perspectiva, pensar e falar sobre os movimentos de emancipação nos tempos que correm.
Casas para o povo
de Catarina Alves Costa
Este filme/instalação nasceu da experiência de trabalhar arquivos de imagens e sons do período entre Agosto de 1974 e Outubro de 1976. É a história do SAAL, Serviço de Apoio Ambulatório Local, um movimento lançado após a revolução por um grupo de arquitectos que respondia à luta de rua dos moradores pobres que no Verão quente de 1974 gritavam “Casas Sim! Barracas Não!”.
C.R.E.A.
de João Garrinhas e Susana Costa
Em Toulouse, França, o Colectif pour la Requisition l’Entraide et l’Autogestion – C.R.E.A., luta pela ocupação de espaços vazios para alojar quem precisa e para dinamizar actividades. Este movimento social autogerido, formado por uma aliança de anarquistas, activistas, trabalhadores sociais e imigrantes, responde sobretudo às necessidades de alojamento de famílias de imigrantes ilegais com crianças, sob a campanha «zero crianças na rua». Em Março de 2012, o Município de Toulouse ordena o despejo de 40 habitantes do Centro Social ocupado, a que se segue a resistência, o tribunal e a expulsão. C.R.E.A. continuou a ocupar edifícios e experimentando novas formas de organização, alternativas ao Estado e às políticas de persistência da miséria.
Rua!
Left Hand Rotation
«Chegou a hora de sair à rua para alguma coisa mais do que consumir. É preciso reapropriarmo-nos do espaço público. É preciso desconfinar a luta». RUA! é um filme documental que começou antes do Covid-19, uma visão interseccional dos protestos que ocupam as ruas de Lisboa, a partir de um espaço subjectivo de militância política.
Sexta-feira,15 de abril às 20h30 e sábado 16 abril às 16h
continuam os ensaios da Kantata do Tecto Incerto!
São dois dos vários encontros para trabalhar o texto, experimentar sonoridades com os músicos e ensaiar a metamorfose dessas matérias em cantata.
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