Impressões da Alemanha
por António Gomes Marques
No final do mês de Julho, parti para a Alemanha para uma visita de alguns dias, matando saudades de locais que há muito não visitava, tomando nota das alterações que a reunificação trouxe e procurando, tentando, aperceber-me do sentimento dos alemães quanto às perturbações trazidas pela guerra na Ucrânia, perturbações essas que muito têm afectado a Europa, com especial realce para a Alemanha.
Infelizmente, não falo alemão, o que me impediu de melhor sentir o que os alemães estarão a vivenciar. O não falar alemão também não me permite ir além de algumas impressões, até pela razão de que o número ínfimo de pessoas com quem falei, incluindo alguns imigrantes, três deles já com nacionalidade alemã e com dezenas de anos a viver no país, impedindo-me qualquer tipo de generalização. Com o conhecimento da língua, teria sido possível falar com muito mais pessoas e, assim, enriquecer a amostragem.
Há quem diga, incluindo amigos meus, que a Alemanha está em pânico e, na verdade, assim não parece quando nos misturamos com os alemães nas ruas de qualquer localidade, grande ou pequena cidade; no entanto, quando falamos com alguém e tocamos no tema «Guerra na Ucrânia», esse pânico parece ser real, bastando olhar atentamente para o rosto do nosso interlocutor, embora nele transpareça também que o tema da guerra, ali tão próxima, não lhe agrada.
O Inverno, quase ao virar da esquina, preocupa-os e não sabem como vai ser. As primeiras informações logo a seguir ao início da invasão —a operação especial, segundo Putin— era a de que a Alemanha tinha reservas suficientes de gás para o frio habitual dessa estação, mas o prolongar do conflito veio trazer grande preocupação não só à população, mas também, ao que parece, aos responsáveis pelo governo da nação a todos os níveis, pois o preço do gás já aumentou de modo significativo, tendo como justificação precisamente o gás que irá ser consumido no próximo Inverno, sobretudo com o aquecimento das casas, o que os alemães com quem falei não deixam de comentar: «Para o Inverno ainda faltam uns meses, mas nós já estamos a pagar!». Esse pagamento antecipado não deixa de ser um alerta e, ao mesmo tempo, a consciência, com tal medida governamental, de que a situação será pior do que o que se pensa actualmente. Claro, os responsáveis políticos alemães gostam de planear e, nesse planeamento, antecipar possíveis problemas, ou seja, não são como os responsáveis políticos portugueses, que fazem bonitas declarações depois dos acontecimentos, não tomando medidas que previnam futuros desastres. E se falarmos dos aumentos no nosso país, verificamos que é bem pior a situação do que na Alemanha. Neste país, o governo controla; em Portugal, o governo assiste impávido e sereno, sorrindo ao crescimento substancial da receita fiscal, com o aumento significativo do gás e da electricidade, aumentos muito acima da inflação e do chamado cabaz alimentar, este a custar mais 15%, estando a inflação nos 9,1%.
Viajando pela Alemanha, verifica-se que o investimento em energia solar é uma realidade; no entanto, todos sabemos que a Alemanha não tem o Sol de Portugal e Espanha ou de Itália e Grécia e a produção de electricidade por este meio não poluente vai constituir apenas uma pequeníssima parte das necessidades energéticas do país germânico.
Senti que outro dos grandes problemas tem a ver com a imigração.
A seguir à II Guerra Mundial, para que o «milagre económico alemão» acontecesse foi necessário recorrer à imigração, sabendo-se que, entre 1955 e 1973, a Alemanha recebeu cerca de 14 milhões de imigrantes, «trabalhadores convidados» na designação alemã, provavelmente por terem sido as instituições governamentais e empresas alemãs que levaram esse número de imigrantes para o país, a maioria proveniente de Marrocos, Itália e Turquia, mas também de outros países mediterrânicos. Deste número de imigrantes, terão permanecido na Alemanha cerca de 3 milhões, que acabaram por chamar as suas famílias e que estarão na origem de grandes grupos de alemães de origem estrangeira.
Entre 1991 e 2013, terão chegado à Alemanha mais 17 milhões de imigrantes, provenientes da União Europeia e de outros países. (1)
Mas as conversas sobre imigrantes vêm a propósito da esperada falência de muitas empresas, como consequência da guerra na Ucrânia e da esperada crise energética, invocando de imediato o que ocorreu em Agosto de 1992, portanto a seguir à reunificação, na cidade alemã de Rostock (antes parte do território da República Democrática Alemã), no bairro de Lichtenhagen, quando extremistas de direita atacaram um bloco de um conjunto residencial pré-fabricado, que funcionava como abrigo de imigrantes, com esses extremistas a atirarem pedras e coquetéis molotov contra aquele bloco habitacional, com os moradores da zona a aplaudirem os extremistas sempre que um coquetel ou as pedras partiam os vidros das janelas. O edifício ficou em chamas, as quais se foram propagando por todos os andares.
Três dias foi o tempo que durou o ataque, até que os políticos e as forças policiais acabaram por reagir.
Radicalismo de direita contra estrangeiros em Rostock-Lichtenhagen em 1992, Foto: picture-alliance/dpa
Ninguém foi sequer ferido; mas o vandalismo virou-se contra os imigrantes vietnamitas que tinham permanecido no local e, entretanto, aproveitando-se do vandalismo que os jovens locais estavam a provocar, surgiram os grupos neonazis explorando a situação para a sua própria propaganda. (2)
Esta invocação deixou-me preocupado, mais ainda pelo facto de ter sido feita por um imigrante, o que permite que se pense que os imigrantes estão com medo do que possa acontecer, sobretudo se se confirmar o fecho de muitas empresas.
Extremistas eram, em sua maioria, jovens Foto: picture-alliance/dpa (2)
Antes do euro e naturalmente a prevenir incidentes destes, o governo alemão tentou que um grande número de famílias turcas regressasse à Turquia, para o que, disseram-me, pagou bem, conseguindo que bastantes famílias aceitassem a proposta. Tempos depois, que não posso precisar, uma grande percentagem dessas famílias regressou à Alemanha, pois este país continuava a necessitar de milhares de imigrantes para colmatar a falta de trabalhadores para as necessidades da economia alemã. A agravar o problema, o número de idosos é significativo, ao ponto de, por exemplo, em Munique, 40% das habitações terem apenas uma pessoa, viúva ou viúvo, e 20% duas pessoas, marido e mulher, naturalmente idosos. Esta é uma situação que Portugal conhece bem.
Se a isto juntarmos os refugiados e se se pensar que nem todos foram para a Alemanha para trabalhar…
Perseguições xenófobas na Alemanha, passados todos estes anos após os vandalismos em Rostock, era algo que ninguém admitia que viesse a ser possível antes da guerra; no entanto, se pensarmos que, entretanto e ao longo de vários anos, quase uma dezena de imigrantes foram mortos por uma célula neonazi da cidade de Zwickau, na região administrativa de Chemnitz, no estado da Saxónia, no Leste da Alemanha, rica em minas de carvão, mortes estas que foram reveladas em 2011, havendo a convicção de que as forças policiais fingem não ver, ignorando, que os próprios dirigentes da cidade fazem o mesmo e que a imprensa não fala disso, a preocupação instala-se em nós. (3) No entanto, aquela posição dos responsáveis políticos, das forças policiais e da imprensa não pode generalizar-se, pois a questão é divulgada e debatida no resto do país, com o governo da Alemanha naturalmente atento.
Mas voltemos à Alemanha de hoje.
Na capital da Baviera, Munique, quando perguntei se este estado se mantinha como o mais à direita da Alemanha, logo me foi dito que os bávaros são, de facto e na sua maioria, conservadores que respeitam a democracia, mas a extrema-direita, incluindo os grupos neonazis, está na antiga Alemanha de Leste, o que as mortes que refiro e os vandalismos em Rostock parecem confirmar.
Como consequência da guerra na Ucrânia, teme-se que os vandalismos possam regressar, com o imediato aproveitamento dos grupos neonazis.
Não serão questões que devem preocupar toda a Europa? Espero que o futuro nos mostre não haver razões para temer.
Na cidade universitária de Wurzburg, cidade da Baixa Francónia, Norte da Baviera, destruída em cerca de 85% na II Guerra Mundial, cujos edifícios históricos foram recuperados ou mesmo reconstruídos tal como eram, falei com um imigrante também há mais de 30 anos na Alemanha, já naturalizado alemão. Na despedida, apertando as mãos, desejei-lhe felicidades, extensivas à família e à Alemanha, pois não havendo felicidade neste país, acrescentei, não haverá felicidade na Europa. De imediato, largou-me a mão e deu-me um abraço forte, deixando eu a interpretação deste gesto à consideração do leitor.
Para além da questão do Inverno e do aumento do preço da energia, de que falei atrás, houve um alemão que fez votos para que a guerra termine quanto antes, o que, a acontecer, lhe dá a esperança de que o gasoduto NordStream2 comece a funcionar, o qual tem a vantagem de ir directamente da Rússia para a Alemanha. Que pensarão os USA disto?
in: https//pt.wikipedia.org/wiki/Nord Stream
A construção deste gasoduto esteve prevista para se iniciar em Maio de 2011, mas o projecto originou grande controvérsia dado que a Europa ficaria com uma grande dependência do gás da Rússia, mas a Alemanha e a Rússia acabaram por insistir no projecto, cuja construção teve início em Maio de 2018 e a sua conclusão em Setembro de 2021, com previsão de entrada em funcionamento em meados de 2022.
A construção teve o financiamento de empresas europeias: OMV da Áustria, Shell (anglo-holandesa), Engie (francesa) e das alemãs Uniper e Winterhall, sendo esta uma filial da multinacional BASF SE, uma empresa química alemã, líder mundial na área da química, fundada no dia 6 de abril de 1865, e que também tem uma filial em Portugal.
Mas as controvérsias não terminaram, levando mesmo Donald Trump, em 2018, a ameaçar com sanções pessoas e entidades que estivessem envolvidas no projecto, o que levou a Wintershall e mais 18 empresas europeias a desistir do patrocínio a que se haviam comprometido. (4)
O resto da história é recente e bem conhecido. Com a invasão da Ucrânia, o chanceler Olaf Scholz cancelou a certificação e inauguração do NordStream2, mas não sem passar pelo vexame de ter sido Joe Biden a anunciá-lo primeiramente. Mas atenção, Olaf Scholz cancelou provisoriamente a entrada em funcionamento deste gasoduto. No entanto, mesmo supondo que o NordStream2 venha a ser inaugurado e comece a funcionar, não terá já a Rússia, entretanto, canalizado o gás para, nomeadamente, os países vizinhos não ocidentais?
A pressão dos Verdes levou Angela Merkel a fechar as centrais nucleares e as centrais a carvão, o que agrava o problema. Mesmo que o gasoduto a partir de Portugal venha a ser construído, estima-se que tal fornecimento não chegará para mais do que 40% das necessidades da Alemanha. A seguir, vamos assistir à reabertura das centrais a carvão, muito mais poluentes, mas os verdes continuam a insistir na solução das energias alternativas, o que nos permite deixar uma interrogação: até quando vão os Verdes apresentar esta solução como bastante para as necessidades da Alemanha?
Para além daquele novo gasoduto, de que não ouvi falar no país germânico, mas apenas já em Portugal, alguns alemães têm esperança na electricidade que virá a ser fornecida por Israel e pelo Egipto, mas não deixam de acrescentar que tal fornecimento não será bastante para satisfazer as carências energéticas do país.
Numa outra conversa, falei de que, comigo ainda em Portugal, me tinha chegado a informação de que havia uma maior percentagem de alemães —47%— que estava contra as sanções à Rússia e que uma percentagem de 42% estaria a favor. Sim, responderam-me, é provável que essas percentagens estejam correctas, o que não deixa de ser estranho, pois os alemães, em questões políticas, funcionam como se tivessem palas, o que o chefe do partido a que pertencem disser é o que eles também dizem. Será que a falta de dinheiro no bolso, tendo em conta a subida do custo de vida, começa a pesar? Preocupante esta mudança se pensarmos que, no início da invasão, a generalidade dos alemães aprovava as sanções.
Acrescenta também o meu interlocutor que os alemães vivem para o trabalho, o seu dia-a-dia é de casa para o trabalho e do trabalho para casa. São profissionais de corpo inteiro.
Correspondendo isto à verdade, ninguém na Alemanha me manifestou qualquer simpatia por Putin, assim como não ouvi qualquer pessoa a apoiar a invasão. O líder russo é, de facto, odiado.
Os trabalhadores têm vindo a ser aumentados, havendo uma determinação governamental para que em Outubro o preço/hora seja, no mínimo, de 12,00 euros (na BMW os trabalhadores ganham, no mínimo, 18,00 euros/hora). Um alemão esteve a fazer-me as contas e concluiu que, depois dos impostos, descontos para a reforma, o trabalhador pode receber, líquido, pouco mais de 1.300,00 euros, havendo ainda a renda de casa para pagar. Olhou para mim e referiu estarem já a pagar o gás mais caro, a receber instruções para poupar no consumo de energia e —o que fiquei agora a saber— não deixaram ainda de pagar o imposto de solidariedade para os alemães de Leste, que lhes é cobrado desde a reunificação. Já em Berlim, falei com um imigrante moçambicano, o qual, para além da abordagem de outras questões que já referi neste escrito, me disse: «E depois de pagar a renda de casa, fico com cerca de 400,00 euros para viver o mês inteiro. Veremos se o aumento de que me falas e que tem vindo, de facto, a acontecer, chega aos 12,00 euros/hora lá mais para o fim do ano.»
Aquele imposto de solidariedade vem às conversas insistentemente, o que será sinal de contestação, ou seja, não será mais uma questão a juntar a outras e que poderá engrossar o descontentamento?
Antes da partida para a Alemanha, li num texto de Filipe Maria, publicado no jornal ECO em 4 de Julho p. p., que a Alemanha havia registado o primeiro défice comercial desde 1991. Pode ler-se nesse texto: «A Alemanha verificou o seu primeiro défice comercial em trinta anos no valor de mil milhões de euros, com as exportações a cair 0,5% enquanto as importações aumentaram 2,7% no mês de maio, avançou esta segunda-feira a Bloomberg.»
Pode ainda ler-se neste artigo de Filipe Maria: «Para Oliver Rakau, economista da consultora Oxford Economics, em Frankfurt, “Não é assim tão surpreendente que as exportações estejam a diminuir no ambiente atual”, sendo que é necessário “focar nas importações, especialmente na evolução dos preços”, acrescentou. Segundo o economista, com o aumento do custo de vida e a elevada incerteza, “as perspetivas de comércio são bastante sombrias”, disse.
A invasão russa da Ucrânia, aliada aos confinamentos verificados na China devido à Covid-19, provocaram constrangimentos nas cadeias globais de abastecimento, estando a afetar em particular a Alemanha cuja economia assenta nas exportações.»
Pensando em Portugal, é evidente podermos afirmar que vamos ter problemas sérios, e então com os governantes que temos… nada de bom será de esperar.
Mas não posso terminar este texto sem referir as muitas diferenças, para melhor, nas cidades e localidades que já conhecia. A recuperação e reconstrução de edifícios destruídos, parcial ou totalmente, pela guerra hitleriana, é um facto, embora isso já viesse a acontecer também na antiga Alemanha de Leste. Em Leipzig, para surpresa minha, o edifício da Universidade é novo, sendo esta uma das Universidades mais prestigiadas do Mundo —não por ali ter estudado Angela Merkel, no tempo da ex-DDR (ex-RDA)— pela qualidade do seu ensino, sendo frequentada por muitos estrangeiros, os quais, para ali serem admitidos, têm de dominar a língua alemã escrita e falada, o mesmo acontecendo nas outras Universidades alemãs. Em Portugal, ao que parece, vamos em sentido contrário, como nos diz Jorge Bacelar Gouveia, no texto «O Triângulo das Bermudas do Ensino Superior», publicado no Público do passado dia 13 do mês em curso, de que transcrevo um primoroso e elucidativo parágrafo: «Para já não falar na substituição ilegal e inconstitucional do nome das IES de português para inglês, nesta língua se falando em órgãos académicos, ou na situação hilariante (a que assisti) de um zeloso professor de Direito que, perante uma pequena turma de doutoramento em que todos compreendiam o português, manteve a lecionação em inglês macarrónico para reforçar a internacionalização da escola…»
Voltando à reconstrução, o que vi deixou-me espantado com a capacidade que este país demonstra, a qual deveria servir de exemplo a todo o Mundo —ressalvando o caso do Vietname, país vítima da mesma destruição e onde pude observar igual capacidade de recuperação e reconstrução—, observação que me foi facilitada pela confrontação de fotografias que mostravam o estado de destruição dos edifícios e depois entrando no edifício reconstruído ou recuperado, começando pela vista exterior, naturalmente.
Vou ilustrar apenas com um exemplo, o da Igreja de S. Pedro, em Munique:
Conjunto de fotografias afixadas numa parede da igreja, que mostra a destruição (fotografia AGM)
De seguida, mostro uma fotografia que tirei à nave central da Igreja de S. Pedro, permitindo assim ao leitor formar uma ideia do ciclópico trabalho dos governos alemães, bastando pensar que esta necessidade de recuperação e reconstrução aconteceu, praticamente, por todas as cidades e localidades do país.
Compare-se então:
Fotografia AGM
Nas conversas com imigrantes, a renda de casa era sempre referida, pelo que não quero terminar este texto sem dar alguns números, embora os que vou divulgar sejam de 2018 ou 2019, valores esses que estarão provavelmente desactualizados, sabendo-se que a inflação está, no momento, em quase 8%, provocando aumentos em todos os produtos, nomeadamente alimentares, com o aluguer de apartamentos a não fugir à regra.
A cidade de Munique é a mais cara, atingindo o aluguer de um estúdio, no centro da cidade, valores que vão dos 800 aos 1600 euros, enquanto em Stuttgart, por um apartamento com um quarto e sala, esse custo pode atingir 700 ou 1.200 euros. Nos arredores das grandes cidades como Munique, o valor de aluguer atinge os 10,70 euros/m². Em Wiesbaden esse valor já anda pelos 12 euros/m², que é um pouco acima do que se paga em Frankfurt.
Na capital, Berlim, nos últimos anos os preços de aluguer de um apartamento subiram cerca de 6,2%, atingindo 10 euros/m² em 2019, sendo o aluguer mais barato no Leste do país, atingindo o valor de 367 euros/mês o aluguer de um pequeno apartamento em Magdburg, sendo ainda mais barato em Dresden, ou seja, 350/mês.
Podemos daqui concluir que o aluguer de um apartamento é mais caro na parte ocidental do país, sobretudo no Sul, e significativamente mais barato no Leste.
A terminar, volto a chamar a atenção do leitor para o título deste texto: «Impressões da Alemanha», tendo em atenção que uma visita de poucos dias ao país germânico, falando com poucas pessoas, a que acrescem dificuldades por não falar alemão, não me seria permitido fazer afirmações que não têm suporte estatístico significativo. Será que estas impressões com que saí da Alemanha se poderão vir a confirmar pela realidade? Confesso que penso isso, mas isto não passa de uma afirmação subjectiva que só o tempo permitirá transformar em objectiva ou que a realidade com o passar desse tempo mostrará não ter justificação.
Portela (de Sacavém), 2022-08-16
NOTAS
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in: https://www.dw.com/pt-br/a-hist%C3%B3ria-migrat%C3%B3%B3ria-da-alemanha/a-18723291
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in: https://www.dw.com/pt-br/h%C3%A1-20-anos-atentado-xen%C3%B3fobo-de-rostock-lichtenhagen-chocava-alemanha/a-16183299
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ver Nota 2;
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in: https:/pt.wikipedia.org/wiki/Nord Stream