25 DE NOVEMBRO – DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES por Clara Castilho

Neste dia, convém refletir sobre o alarmante número de mulheres que foram assassinadas desde o início do ano.

Segundo dados do Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizam-se, de 1 de janeiro a 15 de novembro deste ano, 28 mulheres mortas.

Dos 28 homicídios, 22 foram cometidos pelos companheiros, três deles “em contexto familiar”, um “em contexto de crime”, um “por discussão pontual” e um “em contexto omisso”.

Todos os 22 femicídios nas relações de intimidade cometidos em 2022 foram perpetrados por homens, segundo o relatório que foi divulgado em conferência de imprensa na Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto.

Em mais de metade dos femicídios já havia violência prévia entre agressor e vítima, tendo sete com denúncias efetuadas às autoridades e em cinco foram registadas ameaças de morte e nada disto impediu, contudo, que o crime fosse consumado. Entre os homicidas sinalizados, três já contavam com historial violência doméstica.

Após o crime, oito dos agressores suicidaram-se, dois sobreviveram a tentativa de suicídio e um morreu acidentalmente.

Neste momento, 12 destes assassinos estão a aguardar julgamento em prisão preventiva, um está internado em hospital psiquiátrico e outro ficou sujeito a apresentações periódicas à Polícia.

Mas…

Aos casos que terminaram em morte, o Observatório de Mulheres Assassinadas juntou 35 tentativas de femicídio.

Destes números ressalta que

mais 46 pessoas ficaram órfãs este ano, na sequência de crimes de violência doméstica. Em quase 11 meses, 21 crianças menores de idade perderam a mãe.

 

 

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