SINAIS DE FOGO – HARDCORE SAUDITA – por Soares Novais

 

Neymar ganhará 80 milhões de euros por temporada e terá direito a escandalosas mordomias. Imagem: AFP

 

Jamal Khashoggi (Imagem Wikipédia)

(1) O jornalista Jamal Khashoggi foi morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul  (Turqia). Segundo o jornal turco Yeni Safak, que citou fontes policiais,  Khashoggi, um crítico do regime do seu país, foi torturado mal entrou no consulado, a 2 de Outubro de 2018. O jornalista tinha ido ali tratar de assuntos burocráticos, relacionados com o casamento que estava prestes a contrair com uma mulher turca. Mal chegou à representação diplomática, Khashoggi  foi atacado por 15 carrascos. O jornal turco garante que Khashoggi foi interrogado sob tortura. A sua cabeça e os seus dedos foram cortados. A selvajaria aconteceu na presença do Cônsul-Geral em Istambul e outros diplomatas. Um relatório da CIA, tornado público em 2021, concluiu que “o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, aprovou a operação em Istambul.” O jornalista saudita foi editor-chefe da Al-Arab News Channel e editor do jornal progressista Al Watan, Em 2017  exilou-se nos Estados Unidos e passou a escrever uma coluna mensal no Washington Post. (Fonte consultada: Wikipedia.)

(2) A mansão é suficientemente grande para acolher, em total privacidade, Jair Bolsonaro e a sua prole. De resto, o antigo presidente do  Brasil tem boas relações com a ditadura da Arábia Saudita, que ofereceu à sua mulher joias avaliadas em 3 milhões de euros. Bolsonaro não declarou o mimo saudita ao fisco brasileiro e, colocado perante a acusação, viu-se obrigado a devolver as joias à procedência. Reveja o vídeo de apoio de Neymar ao candidato derrotado por Lula da Silva.

https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/eleicoes/2022/noticia/2022/09/29/neymar-declara-apoio-a-jair-bolsonaro.ghtml

(3) 6.750 trabalhadores morreram na construção e reabilitação dos oito estádios que acolheram os jogos do “Mundial”, segundo o The Guardian. A Amnistia Internacional e a organização não-governamental Human Rights Watch admitiram, contudo, que o número possa ter ter sido bem mais elevado. A esmagadora maioria dos trabalhadores eram migrantes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka, que receberam salários de miséria e foram sujeitos a condições profundamente desumanas.

 

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