Selecção, tradução e introdução por Júlio Marques Mota
Obama visto do interior, Obama face à evolução da repartição do rendimento
2ª Parte – A sobrevivência dos mais ricos
Parte I
1. Ainda há quem tenha dias felizes, muito felizes
Gráfico: Felizes dias estão por aqui, de novo, para os super-ricos
Dave Gilson, Mother Jones, 23 de Setembro de 2014
Com Washington paralisada por questões básicas quanto ao que se deve fazer, sobretudo sobre o médio prazo, mostremos graficamente como está a situação do congelamento dos salários na América. Iremos colocar diariamente um novo gráfico e durante as duas próximas semanas. O gráfico de hoje mostra-nos como é que a retoma económica na América deixou a maioria dos americanos.
A grande recessão terá oficialmente terminado há cinco anos, mas isto é novo para milhões de americanos: um deslumbrante aumento de 95 por cento de crescimento de rendimento produzido desde que começou a retoma da economia foi acaparado pelos super-ricos. Os 1 por cento terão capturado quase todo o crescimento de rendimento que se verificou pós-recessão. Compare isso com o que fizeram durante as fases históricas de forte crescimento :
Sources: Boom and recovery gains, 1% gains: Emmanuel Saez and Thomas Piketty (Excel); average household income: Census Bureau.
Illustrations and infographic design by Mattias Mackler; Photos: Warner Bros; Peter Morgan/Reuters; Christoph Dernbach/DPA/ZumaPress; Steve Jennings/Wireimage/Getty Images; Bo Rader/Witchita Eagle/MCT/Getty Images; Kimberly White/Reuters
2. Gráfico: Grandes ganhos para os 1% dos 1% dos mais ricos da população americana
Dave Gilson, Mother Jones, 24 de Setembro de 2014
Passemos então a um segundo gráfico quanto ao estado actual da desigualdade de rendimento. O gráfico anterior mostrava como os mais ricos dos americanos se desembaraçaram da Grande Recessão . O gráfico seguinte mostra-nos como é que os mais ricos dos ricos dsefrutaram de ganhos enormíssimos de rendimento durante décadas.
Desde 1980, o rendimento real médio dos 1 por cento disparou acima e em mais de 175 por cento enquanto o rendimento da inferior dos 90 por cento não se mexeu, permaneceu constante. Mas como mostra este gráfico, a grande maioria dos ganhos foi pra a fina camada dos 1 por cento dos 1% dos mais ricos da população americana.
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