Um café na Internet
A escritora Sónia Cravo apresentou recentemente o seu romance “Na
Senda da Memória” editado pela “Esfera do Caos”. Nas palavras do editor, esta obra é, “muito provavelmente, umas das revelações
do ano no domínio da literatura em língua portuguesa”.
A autora assume uma atitude desafiadora perante tendências. “A minha literatura não pretende estar na moda, sim desafiar a actual tendência de mercado”. Mateus, o narrador de toda esta estória de que é personagem nuclear, começa por nos surgir como alguém que não vê senão sexo em cada mulher que o rodeia, e disso faz obsessão central do seu dia-a-dia; mas que, por um acaso vê-se obrigado, entre dois assassinatos que balizam os acontecimentos, a enveredar por caminhos e a viver situações de todo inusitadas, num terror constante em que «o silêncio multiplica ideias» que
o vão dilacerando.
Excerto das Palavras de abertura da autoria do escritor e jornalista José Ferraz Diogo:
«Sónia Cravo surge agora com
uma narrativa surpreendente a todos
os títulos: original quer a nível do tema central e dos motivos que lhe dão consistência e complexidade, quer a nível da sua riqueza vocabular, tão inusual que deixa quem lê suspenso entre o arcaísmo e o neologismo, entre o achado escritural e o acaso tipográfico (tão joyceano), fazendo a frase explodir perante os nossos olhos suspensos. E isto acontece quase continuamente, num ritmo que não deixa sossegar o mais prevenido dos leitores. (…) Mateus, o narrador de toda esta estória de que é personagem nuclear, começa por nos surgir como alguém que não vê senão sexo em cada mulher que o rodeia, e disso faz obsessão central do seu dia-a-dia; mas que, por um acaso que a seu tempo o leitor descobrirá, vê-se obrigado, entre dois assassinatos que balizam os acontecimentos, a enveredar por caminhos e a viver situações de todo inusitadas, num terror constante em que «o silêncio multiplica ideias» que o vão dilacerando. (…) Eis um texto que, a todos os níveis, surpreenderá o leitor. E como uma boa estória (um bom romance aberto) é aquela que, no fim, nos confronta com múltiplos possíveis horizontes, assim acontece aqui: «E no silêncio ouço-me, há uma voz que sussurra: espera, espera só mais um pouco.» Espera: paciência e sperança. Que futuro estará reservado a Mateus?” | José Ferraz Diogo |
O meu obrigada ao escritor Carlos Loures por esta publicação. Saudações literárias. Sónia Cravo