A referência à pertinácia de José Vilhena tem sido recorrente nestes comentários – como já dissemos, ele “perseguia” o regime e as suas instituições mais sagradas – o que lhe custou prisões, processos. E a apreensão de tudo ou quase tudo o que publicava nesta lista temos mais dois livros proibidos. Mas há livros notáveis, como o romance “Gaibéus”, uma reedição que a Europa-América fez na sua colecção de bolso. Mais um livro de Artrur Portela, reunindo textos publicados em jornais. Um ensaio histórico de Piteira Santos – em torno da Revolução de 1820, período em que era especializado. E “Fronteiriços”, uma novela de Vicente Campinas, que ficou conhecido pela letra de «Cantar alentejano», um êxito de José Afonso – o drama da ceifeira Catarina Eufémia, assassinada por um tenente da GNR. Ouçamos o Zeca cantando os versos de Vicente Campinas: