Um Café na Internet

Hoje, neste espaço dedicado à sétima arte, vamos falar de João Salaviza – neto do nosso Fernando Correia da Silva (e da Rosa Feldman, sua esposa) e sobrinho da nossa Ethel Feldman. Filho do realizador Edgar Feldman. Como não lhe bastasse uma família onde o talento é lei, o que faz ele? Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 2011, com a sua curta-metragem Arena e, ontem, o Urso de Ouro do Festival de Berlim, com a curta-metragem Rafa. Para já, transcrevemos a notícia da Lusa. Voltaremos ao assunto.
João Salaviza começou por dizer que estava “muito surpreendido e que teria preparado um discurso bonito se soubesse que ia ganhar”. No seu agradecimento, perante 1600 espetadores, disse ainda que dedicaria o prémio ao governo português. “Mas só na condição de nos ajudarem nos próximos anos, porque não sabemos o que vai acontecer com o nosso cinema”, sublinhou.
No improviso, João Salaviza destacou ainda o trabalho do protagonista do filme, Rodrigo Perdigão. “Ele fez mais do que eu pelo filme”, mas não pode estar presente em Berlim.
A terminar, dedicou o prémio à família. “Amo-vos muito”, disse o jovem cineasta português, que já tinha ganho a Palma de Ouro das curtas-metragens em Cannes, com “Arena”, em 2009.
A curta-metragem de João Salaviza, um dos 27 trabalhos a concurso, é sobre um miúdo de 13 anos preocupado com a mãe, detida numa esquadra da polícia por conduzir sem carta. A curta-metragem foi aplaudida na sua estreia mundial em Berlim, na quarta-feira passada.
O júri formado, pela actriz palestiniana Emily Jacir, pelo cineasta irlandês David Oreilly e pela actriz alemã Sandra Hueller, destacou a “impressionante representação” de Rodrigo Perdigão, “no papel de um jovem a caminho de se tornar adulto”.
É nestes momentos que eu gostaria de questionar o nosso executivo sobre o povo português…Parabéns ao João Salaviza!
Parabéns ao premiado João Salaviza , ao Fernando Correia da Silva e à Ethel . Portugal vale mesmo a pena com estes talentosos e promissores jovens.