por Rui Oliveira
Cordas sobresselentes (1ª parte)
Nesta Segunda 16 de Abril, quanto a cinema, lembramos que a Cinemateca Portuguesa inicia a sua colaboração com o Panorama 2012 – Mostra do Documentário Português fazendo quatro sessões temáticas (e mais duas sobre os operadores e realizadores Artur Costa Macedo e Manuel Luis Vieira), todas elas acompanhadas ao piano por Filipe Raposo (“como nos bons velhos tempos”!).
Assim às 19h na Sala Dr. Félix Ribeiro, os “Pioneiros e caçadores de imagens” (como Aurélio da Paz dos Reis ou João Freire Correia) terão filmes exibidos, bem como às 22h na Sala Luís de Pina em “O país revelado pelo cinema” teremos filmes de J.R. dos Santos Júnior e outros, como p.ex. A dança dos Pretos (Moncorvo), muito provavelmente o primeiro filme etnográfico português.
Seguem-se na Terça às 19h (Sala Dr. Félix Ribeiro) “As missões cinematográficas às colónias” e na Quarta às 19h na mesma Sala “Depois de Lisboa, Crónica Anedótica e Douro, Faina Fluvial” que, de algum modo, espelham o “fértil cruzamento de tendências que alimentou a autonomização do documentário em Portugal, no início dos anos trinta”.
Ainda no campo da 7ª Arte, a mesma Cinemateca Portuguesa participa na 8 ½ Festa do Cinema Italiano (além da Retrospectiva Ermanno Olmi) com a exibição às 21h30 na Sala Dr. Félix Ribeiro de Il Silenzio di Pelechian (2011) de Pietro Marcello, que estará presente. Possuimos dele algumas imagens esclarecedoras :
Este é um documentário sobre um dos mais “silenciosos” autores do cinema contemporâneo , o arménio Artvazd Pelechian (entrevistado no filme) feito de certo modo“em resposta” a “L’inizio – Начало (Natchalo, Nachalo o Skisb o Skizbe)”, 1967 daquele realizador, de que se pode ver um extracto aqui.
Na mesma Segunda, 16 de Abril, às 18h30, há na Sala dos Espelhos do Palácio Foz um recital pelos alunos (cerca de treze, mais um quinteto e um sexteto) da Classe de Flauta do Conservatório de Lisboa (Prof.ª Marina Camponês) que tocarão obras de S. Lancen, W. A. Mozart, J. Haydn, C. Norton, D. Shostakovich, J. C. Pepusch, S. Mercadante, P. Gaubert, L. Berkeley, A. Reicha, A. Vivaldi e G. P. Tellemann.
Às 20h30, na mesma sala do Palácio Foz, ocorre o Recital de Laureados dos Concursos de Piano, Violino e Violoncelo do Instituto Gregoriano de Lisboa (cerca de vinte músicos) com obras de Dmitri Kabalevsky, Ludwig van Beethoven, Piotr Ilitch Tchaikovsky, Georg Friedrich Haendel, Johann Sebastian Bach, Eric Satie, Modest Mussorgsky, Fernando Lopes-Graça, Oscar Rieding, Gabriel Fauré, Joly Braga-Santos e Sérgio de Azevedo.
A entrada é livre.
A 16 de Abril, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, às 18h, há a leitura encenada da peça “Checoslováquia” do jovem escritor madeirense Tiago Patrício com os actores Raquel Cipriano (Pavla), Pedro Almeida (Augusto), Pedro Alves (Teófilo) e Mário Trigo (Hans), sendo a coordenação de leitura de Pedro Alves. (entrada livre)
Também a 16 de Abril, no Instituto Cervantes, às 10h, iniciam-se as I Jornadas de Linguística Hispânica com uma Conferência de Abertura a cargo de Humberto López Morales (Havana, Cuba), Professor Emérito da Universidade de Porto Rico, sobre “El español en el mundo actualmente”.
Ainda a 16 de Abril, às 20h e às 22h, na Casa Conveniente, estreia [Sem Título] Carvão sobre Tela , um espectáculo de Mónica Garnel (encenação e interpretação) sobre um texto de Miguel Castro Caldas em que os actores convidados (7 noivos para 7 dias) são : Ricardo Neves-Neves (2a-feira), Pedro Gil (3a-feira), Tiago Barbosa (4a-feira), Mário Fernandes (5a-feira), Bernardo Almeida (6a-feira), José Miguel Vitorino (Sábado), Diogo Bento (Domingo) com participação especial de Rute Cardoso.
Permanece até 22 de Abril.
Na Terça 17 de Abril, às 18h30, no Maria Matos Teatro Municipal em coorganização com a Unipop, prosseguem as “Palestras para o dia de amanhã” com a intervenção de Martin Breaugh (professor de Teoria Política na Universidade de York, em Toronto) sobre o tema “A Experiência Plebeia”.
Indaga este pensador : “ … Num sentido que vai para lá das figuras do trabalhador, do operário ou do proletário e da tentativa de recondução dos sujeitos políticos a actores constituídos objectivamente, a experiência plebeia é o próprio processo que os constitui. No centro desta experiência está a recusa da dominação, assim como o desejo de uma igualdade radical e de liberdade política, entendida como a participação na vida da cidade … Hoje, quando coexistem a afirmação da inevitabilidade das opções políticas e a irrupção de motins, ocupações e manifestações de toda a ordem, será tempo de voltarmos a falar da experiência plebeia?”
A 17 de Abril, no ISCTE-IUL (Sala C 103), das 10h às 18h, decorre o workshop internacional “The Art of Not Being Governed / James C. Scott in Iberia”.
Tendo durante as últimas décadas as obras de James C. Scott ajudado a desenvolver conceitos, metodologias e teorias que influenciaram profundamente aqueles que estudam os movimentos sociais, as sociedades agrárias ou as lutas de resistência, esta iniciativa oferece a oportunidade de reunir Scott com um conjunto de investigadores “ibéricos” e discutir com ele a pesquisa nesta área à luz do seu legado de director do Programa de Estudos Agrários de Yale, nomeadamente vertido no seu recém publicado livro “The Art of Not Being Governed: An Anarchist History of Upland Southeast Asia”.
Também a 17 de Abril decorre no Auditório III da FLUL, das 9h30 às 19h, o Seminário «Faces de Mudança – Historiografia e Historiadores do Século XX em Portugal », organizado pelo Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do seu grupo de investigação Memória & Historiografia, e o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta. A entrada é livre.
Nele se abordarão temas como “Perspectiva sobre a história cultural em Portugal”, “Percursos marxistas na historiografia portuguesa”, “Perspectivas de género no estudo das rainhas medievais” ou “Historiografia do Direito e das instituições” e se focarão figuras de historiadores e ensaistas como Raul Proença, Joaquim de Carvalho, Borges de Macedo, Orlando Ribeiro, António José Saraiva, Luis Albuquerque, Silva Dias.
Ainda a 17 de Abril, a galeria ZBD recebe às 22h o duo THEESatisfaction, composto por Stasia Irons (de Seattle) e Catherine Harris-White (do Hawai) cuja música, segundo o seu próprio blogue “respira um ambiente digital, aponta referências ao hip hop, alberga de forma natural e descomprometida uma multiplicidade de linguagens que englobam o r n’ b, a disco, o jazz e o funk, reflectindo os ecos de Erykah Badu, ESG e Ursula Rucker”.
Eis o tema Queens dum seu álbum recente “awE naturalE” :
Por último a 17 de Abril,salienta a crítica internacional o mérito da vinda ao Auditório dos Oceanos no Casino de Lisboa, às 21h30, do espectáculo circense, misto de teatro e dança, “Slava’s Snowshow”, criação do russo Slava e habitualmente sediado no Moulin Jaune, nos arredores de Paris, onde instalou a sua Academia de Loucos. Porque, diz, “ o louco e o palhaço estão muito próximos, mas um é um modo de vida e o outro uma profissão. Um palhaço é um profissional da loucura….Mas o palhaço é também um anarquista, alegre, que nunca adoptará uma regra sem a testar primeiro…o que pode ser doloroso. Mas é importante testá-las, porque senão são regras mortas, com que se não pode viver…”.
Como se percebe, é um espectáculo para jovens, mas não só… Permanece até Domingo 22 de Abril (com matinés às 17h).
Apercebamo-nos do ambiente criado neste pequeno vídeo :
Na Quarta 18 de Abril, tem lugar no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão novo Concerto Antena 2, às 19h (de entrada livre), onde um Sexteto de cordas composto por Bin Chau violino, Jorge Lé violino, Leonor Braga Santos viola, Cristopher Hooley viola, Varoujan Bartikian violoncelo e Martin Henneken violoncelo vai executar um programa que porá em confronto o Quinteto para cordas em Sol menor K. 516 de Wolfgang Amadeus Mozart e o Sexteto para cordas op. 59 de Joly Braga Santos, considerada uma das melhores obras deste compositor na sua fase final.
Por não haver registo desta última, deixamo-vos uma versão integral do Quinteto mozartiano tocado por membros do Sexteto de Viena :
Também na Quarta 18 de Abril tem início no Pequeno Auditório da Culturgest, em regra às 21h30, o Festival RESCALDO que pretende ser um encontro de nomes e projetos musicais que se destacaram na cena nacional em 2011, focando a sua programação na fértil diversidade das movimentações emergentes da electrónica, improvisação, electroacústica, do rock e do jazz.
Esta sua 5ª edição conta com nove concertos, um lançamento de um livro, duas exposições, um DJ Set e um lançamento de uma nova editora que visa abrir mais uma porta de forma a impulsionar e dar visibilidade a este panorama. (ver programa pormenorizado aqui )
Resumidamente poderemos dizer que neste 1º dia se ouvirá Feltro de André Gonçalves e Calhau! da dupla Alves Von Calhau e Marta Von Calhau.
É duma sua performance no Museu do Chiado que temos som e imagens :
Nos restantes, ainda se escutará no Pequeno Auditório na Quinta 19 Tó Trips em guitarra acústica e Olive Troops SOS de Carlos Nascimento e na Sexta 20 João Alegria Pécurto e Norberto Lobo/Carlos Bica, enquanto no Sábado 21 será na Trem Azul Jazz Store que tocarão Cangarra de Cláudio Fernandes e Ricardo Martins, Canhão/Sousa/Nogueira/Ferrandini e o Dj Set Bobby Brown & Quincy.
Ainda na Quarta 18 de Abril, realiza-se no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, às 18h, mais uma conferência do Ciclo “Matemática : Ciência da Natureza” intitulada “Geometria com dobras de papel: como o origami bate Euclides” e proferida pela Profª. Doutora Ana Rita Pires (da Cornell University).
O acesso é livre e pode ainda assistir-se em directo através do site www.livestream.com/fcglive.
Também a 18 de Abril, agora às 11h, Daniel G. Marques fará uma palestra sobre “A Recepção das Teorias Transformistas e Evolucionistas na Comunidade Científica Portuguesa: o Caso da Escola Politécnica de Lisboa (1872-1911)” na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sala 8.6.02a.
Por último, a 18 de Abril (Quarta), tem início (e termina a 20) um colóquio organizado pelo Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL (Av. De Berna) em colaboração com a Universidade Complutense de Madrid e o Birkbeck College of the University of London, intitulado “THE MANY – History, theory and politics” que decorrerá no Edifício ID (4º piso).
O seu objectivo parte da reflexão “ Os anos recentes tem sido marcados pela procura de novos conceitos (ou a renovação dos antigos) de como designar o sujeito colectivo da política. Essa procura, nos seus diversos aspectos, implica uma noção estratégica da política onde a pluralidade dos sujeitos individuais excede sempre a soma das partes. Tais debates em torno das designações do sujeito político colectivo ocorrem em domínios tão diversos como a filosofia, a história, a economia, a ciência política e a antropologia”.
Nele participarão muitas dezenas de investigadores (como consta do cartaz) de que mencionaremos, a título de exemplo, os primeiros cinco referidos : James C. Scott, Charisma as a transaction , Boaventura de Sousa Santos Citizenship from the perspective of the non-citizen, Sandro Mezzadra At the multiple borders of politics: in search for the subject of the common, Peter Hallward The will of the people: neo-Jacobin principles, Photini Danou The “many headed monster” in pre-modern England and the politics of public opinion, etc..
E a encerrar a Quarta 18 de Abril desafiamo-lo a ir ao palco no telhado do Kolovrat 79 (rua D. Pedro V), às 22h, ouvir Michael Hurley, decano da música folclórica norte-americana (em 1965 estreou-se na Folkways, em 1976 editou “Have Moicy!” − talvez o melhor álbum folk da era rock) que virá certamente glosar o seu mais recente “Blue Hills”.
Ouçamo-lo como era na origem com “Folks” (1964) :
Na Quinta-feira 19 de Abril, às 21h (com repetição às 19h de 20 de Abril), no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian ouvir-se-á a Orquestra Gulbenkian dirigida pelo jovem maestro francês Lionel Bringuier, de regresso a Portugal enquanto cumpre a segunda temporada como Director Musical da Orquestra Sinfónica de Castela e Leão, em Valladolid, e o quarto e último ano como Maestro Associado da Orquestra Filarmónica de Los Angeles.
Do programa do concerto constam :
Claude Debussy Prélude à l’après-midi d’un faune
Pedro Amaral Transmutations pour Orchestre (Nr. 5.3) *
Johannes Brahms Sinfonia nº 1, op. 68
* Estreia Mundial – Encomenda da Cidade de Matosinhos
Sendo ainda escassos os registos do jovem maestro, pode perceber-se a capacidade técnica de Bringier neste 4º e último andamento da Sinfonia Nº.3 em Sol menor op.42 do compositor francês Albert Roussel (1869-1937) :
Nessa Quinta 19 de Abril, na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, há um concerto pela Orquestra Geração, integrado nas comemorações do 202º aniversário da “Semana del Bravo Pueblo” numa iniciativa da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Portugal com a colaboração da Juventude Musical Portuguesa e de entrada livre.
A Orquestra Geração, um projecto musical que reproduz em Portugal a experiência venezuelana no campo de Orquestras Juvenis e Infantis, irá, sob a direcção musical de José Jesús Olivetti Giménez, tocar um vasto programa que inclui de António Cuéllar Festa no Jardim e Marcha com Variações, de Edward Elgar Pompa e Circunstância, de Pedro Elías Gutiérrez Alma Llanera e ainda uma Polca do Folclore Alemão, a canção folclórica El Barquito e a Little Baroque Suite (arr.: Tylman Susato).
Também a 19 de Abril, como referimos anteriormente, prossegue no Pequeno Auditório da Culturgest, às 21h30, o segundo dia do Festival RESCALDO.
Primeiro actua Tó Trips com a sua guitarra acústica, considerado “uma figura essencial para o rock – nas suas diversas frentes – feito em Portugal nos últimos 25 anos”.
Depois Vítor Lopes, Carlos Nascimento e Bruno Silva, que se reuniram pela primeira vez enquanto trio com o nome de Olive Troops SOS, vão explorar as potencialidades da electrónica numa vertente improvisada, pelo que a música deste trio conjuga influências tão diversas como o dub, o krautrock ambiental ou alguma música de dança britânica mais cerebral do início dos anos 90.
É a 19 de Abril que o Teatro da Politécnica acolhe em estreia, às 19h, “AGAMÉMNON vim do supermercado e dei porrada ao meu filho” de Rodrigo Garcia, numa encenação de John Romão, com interpretação de Gonçalo Waddington e das crianças Alexandre Pires, Henrique Pires e Martim Barbeiro, numa produção Colectivo 84 /Penetrarte /Murmuriu.
A peça é assim resumida por Rodrigo Garcia : “O dia de um pai de família, hoje mesmo, ou anteontem. O mundo do consumo que não tem fim, uma vida atafulhada de coisas inúteis. Uma intensa reflexão sobre a ordem mundial, as assimetrias económicas, o terror e as questões de género. Um autor convulsivo que reformula o teatro”.
Donde um excerto : “Tiro tudo o que há em cima da mesa / as Coca – Colas, os restos dos molhos, tudo / Deixo o espaço limpo só para as asinhas de frango / Uma duas sete asinhas de frango / Coloco-as na mesa, cada qual no seu sítio / Perfeitas / Agarro no ketshup e escrevo bem grande na mesa a palavra: TRAGÉDIA / E o meu filho caga-se a rir / E explico-lhe que a TRAGÉDIA começa com o mundo industrializado”.
O espectáculo permanece até 28 de Abril, em horas diversas.
No Teatro Tivoli, a 19 de Abril às 21h30, estreia a comédia “As Mulheres não percebem …”, um texto de Frederico Pombares, Henrique Dias e Roberto Pereira, com encenação de José Pedro Gomes, interpretado por Aldo Lima, André Nunes e Rui Unas.
Tema : O que ficamos a saber sobre os homens quando três trintões, amigos de longa data, se vêem forçados a passar cerca de uma hora, juntos, sozinhos, sem distracções e a falar uns com os outros …
“Miedo Escénico” é o título do projecto site e context specific concebido pelo artista plástico Javier Núñez Gasco para ser incluído no espectáculo coreográfico Perda Preciosa que se estreia no Teatro Camões neste 19 de Abril, conforme referimos acima.
Nessa obra, que conta com o apoio da “Fundación Marcello Botín”, Núñez Gasco propõe-se alugar, a quem estiver interessado e pela quantia de 250 €, 4 m2 do palco do Teatro Camões durante os 90 minutos de cada uma das oito apresentações que Perda Preciosa terá nesse mesmo palco. Poderá ser, como esclarece, para pôr um anúncio, expor um trabalho ou exibir alguma outra coisa seja ela uma obra de arte ou não. Sinais da crise?
Ainda a 19 de Abril (Quinta-feira), no Institut Français de Portugal há, às 19h, mais um “Bar das Ciências” de entrada livre onde o tema “O Homem face às alterações climáticas : o que nos ensina a paleoclimatologia ?” será abordado por Philippe Martinez, Professor da Universidade de Bordéus 1. A entrada é livre e haverá debate.
Introduzindo o tema : “O Homem ao longo dos tempos foi sendo confrontado com as alterações climáticas e a estas foi sabendo adaptar-se. Mas que sabemos nós do clima da Terra e das suas alterações no passado ? Desde há alguns séculos, que os naturalistas, geólogos e paleoclimatólogos se revezam para melhor estudarem os arquivos climáticos que contêm os continentes, os oceanos, os lagos, os glaciares. O desenvolvimento de técnicas modernas ao longo destas últimas décadas permitiu realizar avanços consideráveis acerca do conhecimento da variabilidade dos climas no passado, e melhor compreender as suas causas e consequências. A acumulação deste conhecimento é necessária para avaliar o que nos reservará o clima no futuro…”
Igualmente na Quinta 19 de Abril há na sede do Institut Français de Portugal, às 15h, a abertura oficial da SCENALISBOA 2012, Encontros internacionais de Cenografia que, nesta sua 2ª edição em 2012, “abraçam novos desafios, que visam essencialmente três objectivos gerais:
- A divulgação e promoção das boas prácticas profissionais e artísticas no âmbito da criação cenográfica.
- A abertura para um público alargado e transversal.
- A internacionalização do SCENALISBOA e a ramificação da sua acção enquanto entidade agregadora e estruturante da reflexão e da práctica cenográfica”.
A conferência inaugural será proferida por Marcel Freydefont, cenógrafo e director do Departamento Científico de Cenografia da Escola Nacional Superior de Arquitectura de Nantes (França) com o título “A Cenografia hoje na Europa”.
Também a 19 de Abril, às 18h30, na Casa da América Latina vai decorrer um debate “Porque fotografamos e pintamos a cidade?” onde o fotógrafo Rodrigo Hernández e o writer Parks, autores da exposição “Geografias” (em exibição na Casa da América Latina) participam numa conversa aberta que cruza diferentes olhares artísticos sobre a cidade, as diferentes formas de experienciá-la, a fotografia e a arte urbana e onde, para lá do público (de entrada livre) estarão presentes o antropólogo Ricardo Campos e a artista visual Cristina Zabalaga.
Pode ter-se aqui um breve relance sobre “Geografias” :
Por fim, nesta Quinta 19 de Abril, às 22h30¸no bar Ondajazz o projecto Swing Audi junta Xico Santos contrabaixo, André Oliveira guitarra, Federico Pascucci saxofone, Fernando Lyra percussão/saxofone, Olivier Genevest guitarra/trompete e Thibaut Dumas violino, para tocar uma música de jazz arraçado, revisitando clássicos de Django Reinhardt, outros não tão clássicos e ainda outros “simplesmente fiéis ao espírito cigano, de alegria eufórica, de aventura e de sorrisos sem compromisso” .
Caro leitor, mais uma hora e concluiremos as Cordas sobresselentes da semana.