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  1. Declarações de um homem lúcido e honesto, estas de Mário de Oliveira.Tomás da Fonseca, pai do escritor Branquinho da Fonseca, salvo erro em 1955, dirigiu uma série de cartas ao cardeal Cerejeira, nas quais desmonta toda a fraude de Fátima. Há uma edição das cartas («Na Cova dos Leões») de 1958. Tomás da Fonseca designava a encenação como uma farsa ignóbil, como um delito premeditado. Foi, segundo ele, o maior embuste do século. A ideia inicial seria a de debilitar o regime republicano – o negócio veio por acréscimo. Não sou crente, mas o comércio de Fátima é de tal maneira excessivo que não sei como os católicos mais sensíveis o suportam.

  2. Creio que foi, também, o Tomás da Fonseca que estabeleceu uma relação com o apoio que o Vaticano (e seguidor a cúria portuguesa) veio a dar às “aparições” (inicialmente repudiadas como superstição popular) e uma querela daquele com a Lurdes francesa que fazia que daí não lhes chegassem as habituais oferendas e parte da esmola e contribuições.

  3. O argonauta Dorindo Carvalho, por dificuldades técnicas, pediu que lhe colocasse o seguinte comentário:Subscrevo totalmente as palavras do Padre Mário de Oliveira. Talvez falte aqui falar (mas muito naturalmente ele já o disse noutra altura ou já escreveu) sobre os interesses da montagem de Fátima. Entre outros, julgo, teve grande importância a intensa actividade de Afonso Costa, que nessa época invocou o marxismo ao declarar, que devem ser todos pela luta de classes, no sentido marxista da palavra.

  4. O leitor António Andrade, pede para lhe colocarmos o seu comentário – Comentário:“ Tenho acompanhado desde longa data, o percurso do Pe . Mário de Oliveira. Ordenado em 1962, na diocese do Porto e nomeado coadjutor da freguesia das Antas e no ano seguinte assistente diocesano da JEC e professor do Liceu Alexandre Herculano no Porto. Mas foi, sobretudo desde 1968 em que foi mandado para a Guiné como capelão militar. Após 4 meses de comissão, foi expulso, por não ter servido a causa da guerra. Recambiado para Portugal, foi-lhe dada uma paróquia remota de Marco de Canavezes e mais tarde, pároco de Macieira da Lixa. Onde começou seriamente a ser incomodado pela pide, por causa das suas homilias e que o prendeu, creio, por duas vezes e julgado no Tribunal Plenário do Porto e igualmente apreendendo os seus livros, pois escreveu diversos, tais como: Evangelizar os Pobres; Maria da Nazaré; Encontro; Chicote no Templo; Estava Preso e Visitaste-me; Canto(s) nas margens e Como eu fui expulso de Capelão Militar e outros.Sempre o admirei pela sua mensagem libertadora e coragem na sua divulgação nesses tempos tenebrosos. O seu pensamento sobre Fátima sempre foi de coerência, pois o que diz hoje, já o dizia no livro” Maria de Nazaré” atrás referido e publicado, creio em 1971/72. Também comungo da mesma opinião sobre Fátima. É do interesse da hierarquia da igreja, manter Fátima pois que faz ali bom negócio quer das dádivas dos peregrinos, quer pela enorme venda de toneladas de velas, cuja cera é sempre aproveitada e reconvertida; fez ainda maior negócio nos tempos da guerra colonial, onde os pobres peregrinos ali deixavam quilos e quilos de ouro, sob a forma de fios, cordões, anéis e pulseiras, quando os seus filhos voltavam da guerra, ou mesmo, quando não voltavam ou voltavam estropiados. Sei do que estou a falar, pois frequentei a ”sacristia” durante muitos anos. Fátima alimenta financeiramente a igreja portuguesa e o Vaticano!. “António Andrade (sacristão)

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