Um Café na Internet
(conclusão)
De qualquer maneira era uma obrigação chorar, e ela não podia deixar o quarto sem lhe dizer alguma coisa. Laura soluçou alto, como uma criança.
― Perdoe o meu chapéu, disse.
Desta vez não esperou pela irmã de Em. Procurou a saída, atravessou o quintal, passou por aquelas pessoas à porta. Na esquina da travessa deu com Laurie.
Ele veio ao encontro dela. ― És tu, Laura?
― Sim.
― A mãe estava a ficar nervosa. Correu tudo bem?
― Mais ou menos. Oh, Laurie! ―Agarrou-lhe no braço, e abraçou-se a ele.
― Estás a chorar, não me digas? ― perguntou o irmão.
Laura acenou com a cabeça. Estava mesmo.
Laurie pôs o braço à roda dos ombros dela. ― Não chores, ― disse com num tom terno e quente. ― Foi terrível?
― Não, ― Laura soluçou. ―Foi maravilhoso. Mas Laurie…― Parou e olhou para o irmão. ― A vida não é, ― gaguejou ― a vida não é… ― E não foi capaz de se explicar. Não tinha importância. Ele percebia.
― É, não é, querida? ― disse Laurie.
FIM