O GARDEN- PARTY, de KATHERINE MANSFIELD – XIII. Tradução de João Machado

Um Café na Internet

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(conclusão)

 

De qualquer maneira era uma obrigação chorar, e ela não podia deixar o quarto sem lhe dizer alguma coisa. Laura soluçou alto, como uma criança.

 

 

― Perdoe o meu chapéu, disse.

 

 

Desta vez não esperou pela irmã de Em. Procurou a saída, atravessou o quintal, passou por aquelas pessoas à porta. Na esquina da travessa deu com Laurie.

 

Ele veio ao encontro dela. ― És tu, Laura?

 

― Sim.

 

― A mãe estava a ficar nervosa. Correu tudo bem?

 

― Mais ou menos. Oh, Laurie! ―Agarrou-lhe no braço, e abraçou-se a ele.

 

― Estás a chorar, não me digas? ― perguntou o irmão.

 

Laura acenou com a cabeça. Estava mesmo.

 

Laurie pôs o braço à roda dos ombros dela. ― Não chores, ― disse com num tom terno e quente. ― Foi terrível?

 

― Não, ― Laura soluçou. ―Foi maravilhoso. Mas Laurie…― Parou e olhou para o irmão. ― A vida não é, ― gaguejou ― a vida não é… ― E não foi capaz de se explicar. Não tinha importância. Ele percebia.

 

― É, não é, querida? ― disse Laurie.

 

 

FIM

 

 

 

Leave a Reply