Na Quinta-feira 24 de Maio, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian às 21h (repetindo-se na Sexta 25, às 19h), realiza-se o primeiro concerto dum Ciclo Ravel que a Orquestra Gulbenkian sob a direcção de Lawrence Foster cumprirá em Maio, neste caso acompanhada por Jean-Efflam Bavouzetpiano e David Lefèvre violino.
Irão interpretar de Maurice Ravel “Ma mère l’oye”, Concerto para Piano e Orquestra, em Sol Maior, Concerto para a mão esquerda, em Ré Maior e “La Valse”.
Declara o maestro autor do programa : «Ravel representa a oportunidade de perceber o imenso potencial da orquestra»… «o conjunto permite entrever o extraordinário sentido teatral e a qualidade dramática que atravessam todas as suas peças. É interessante ouvi-las todas juntas e poder descobrir a sonoridade e a força rítmica que lhes é comum»… «os programas evidenciam a enorme influência de Espanha, país que o compositor tem no sangue, não fosse descendente de bascos por parte da mãe e tivesse bebido aquela cultura desde o berço. Sendo francês, Ravel possuía igualmente «a obsessão que os franceses costumam ter pelos temas espanhóis», ou melhor, pela possibilidade de «combinar a ideia de cor com a estrutura e a disciplina rítmica tão própria da música espanhola».
Encontrámos este registo recente (2011) e integral da actuação de Jean-Efflam Bavouzet com a Philarmonia Orchestra (dir. Esa-Pekka Salonen) tocando o Concerto para a mão esquerda de Ravel (que, recorde-se, foi composto a pedido do concertista Paul Wittgenstein, irmão do filósofo Ludwig, que na I Grande Guerra 1914-18 perdera o braço direito):