3. Haverá uma terceira via?
Sei, pela sua boca, que o meu grande amigo Tony Giddens fala do caminho do meio ou da Terceira Via: Comunistas, Conservadores e os Social-democratas ou terceira via na interação político-social. Terceira via que triunfa na vida social. Uma terceira via que parece ter também sucesso na observação do jovem e da criança. Uma terceira via um tanto confusa como resultado da social-democracia. A social-democracia desenvolve o caminho para a mulher ser chefe do lar e tomar o rol masculino da sedução. Comportamento masculino numa fémea, que a sua descendência observa. A mãe manda, a mãe trabalha, a mãe define, a mãe fixa as horas e o homem cala. É mandado calar. É atingido pela sua dificuldade de saber acarinhar. A mulher como terceira via , reenvia o homem ao seu papel de segunda via: ver, ouvir e calar. A emotividade doce e belicosa é assunto das mães, uma emotividade que faz cócegas e toma nas suas mãos os afazeres do lar e o cuidado da criança.
Especialmente em países marianos, como tenho definido Portugal em outros textos. Países onde não há Redentor, apenas a sua mãe, dentro do mito da Igreja Romana Pontificada por um Polaco e por um Alemão em tempos recentes que definem, de palavra e por escrito, os deveres das mulheres, dos homens e das crianças em relação a eles próprios, como estão definidos nos artigos 4 a 5 do Catecismo Wojtila, páginas 471 a 478, ao dizer “o papel dos pais na educação é de tal importância, que é impossível substitui-los”, ou antes ” o Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para Mãe, precedesse a Encarnação, para que, assim como uma mulher contribui para a morte ainda, também outra mulher contribuísse para a vida”. Por outras palavras, a terceira via da família parece ser a via que a cultura social do grupo anda a espalhar pelos costumes. As mães ficam em primeira fila e os pais, mais atrás. Porque se o Mandatário dos chefes de Governo dos fieis romanos, espalhados pelo mundo Ocidental, manda a mulher a ser a salvadora dos homens, estes seres masculinos não têm mais palavra a dizer que não seja a da educação dentro de ideias predefinidas ao longo de séculos e analisados os seus resultados por tantos cientistas, que acaba por existir uma maneira de ser que coloca o masculino na segunda via e o feminino dentro da via moderna ou terceira via. Por outras palavras, como o citado Freud diz, o agir masculino no homem ou na mulher é relegado por causa de trabalho público, enquanto o feminino, também no homem ou na mulher, é salientado até o ponto de fazer de esse agir o comportamento de uma rainha que acaba por mandar em todos nós, desde que saiba ser feminina, isto é, amar, acarinhar, mandar, dizer. Saber ouvir e saber dizer. Ideologia cultural contra a qual protesto da forma mais violenta por passar a ser apenas uma segunda via, essa que, como falei ao começo, nunca foi completada, nunca foi acabada. De homem, tenho o comportamento mas nenhum poder sobre a minha descendência. Posso punir…se a mãe o pede; posso dar um sermão, se a mãe o manda fazer.
Sorte a minha de entender, pelo meu trabalho de campo e a observação da juventude do Século XXI, de que as palavras da doutrina, embora aceite e até assinada em Concordata por cima da lei, servem para ouvidos moucos por causa do amor que existe entre os cônjuges que fizeram a sua descendência ao calor da paixão que, docemente, passa a amor e a seguir, a carinho. Que diga Freud, que diga Klein, que diga Wojtila ou Ratzinger! Eu digo que todos somos homens e mulheres no amor dos nossos filhos e no de eles por nós. Ficam todas as férias para pensar no assunto.