CARTA DE VENEZA -“A Conferência da ONU – Rio+20 – e o Novo Brasil” – por Sílvio Castro

 

 

  No dia 13 de junho deste 2012, com prolongamento até o 22 do mesmo mês, inaugura-se no Rio de Janeiro uma reunião internacional, a Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, verdadeira confirmação da reconhecida nova fisionomia do Brasil no quadro mundial. A Conferência foi preparada, em New York, por uma fase preliminar compreendente: a) negociações informais, de 19 a 23 de março passados; b)  nos dias 26 e 27 do mesmo mês, 3ª Reunião Interssessional da UNCSD.
  

O grande encontro de Rio+20 será dividido em quatro partes: 1– 3ª Reunião do Comité Preparatório da UNCSD, de 13 a 15 de junho; 2– Dias Especiais, de 16 a 19 de junho; 3– Reuniões de Alto Nível da Conferência, de 20 a 22 de junho; e 4ª – Declaração da Rio+20, depois de um encontro entre os partecipante. As Reuniões Preparatórias de 13 a 15 tratarão, em maneira especial, de uma pré-negociação do Texto Político por parte da Conferência; os Diálogos de Sustentabilidade, de 16 a 19 de junho, abordarão oito temas: água, oceanos, energia, segurança alimentar, inovação, cidades, economia do desenvolvimento sustentável, e trabalho e migrações; e as Reuniões finais, com começo no dia 20 e prolongamento até 22, desenvolvem a Negociação do Texto Político da Conferência da ONU, culminando no dia 22 com a Declaração da Rio +20.
  

O grande Encontro Internacional se desenvolverá em diversas partes da Cidade Maravilhosa: o centro privilegiado do mesmo estará na Barra da Tijuca, expandindo-se entre o majestoso supermarket Riocentro, o Parque dos Atletas, o Autódromo e a Arena da Barra. O Riocentro será o perímetro restrito às Nações Unidas, no qual serão realizadas as sessões plenárias e negociações oficiais da Conferência, sendo igualmente espaço das sedes de eventos paralelos coordenados pela ONU. No Parque dos Atletas se farão exposições de diversos países estrangeiros, bem como a centralizante do Governo brasileiro e de Estados membros da Federação nacional, o Espaço Brasil. No Autódromo se concentrarão manifestações e exposições da sociedade civil. Por fim, na Arena da Barra, atividades da sociedade civil e ponto de retransmissão de atividades do Riocentro e dos outros espaços.

 No Parque dos Atletas, particular realce assume o Espaço Brasil com seu Pavilhão de exposições que será utilizado para a apresentação, de forma artística e interativa, das experiências e políticas governamentais associadas ao desenvolvimento sustentável. Pelos significados e dimensões dos Eixos de conteúdos ali expostos, o Espaço Brasil assume uma singular importância, Os ditos Eixos se referem a cinco e atraentes endereços: 1) Inovação tecnológica e produção sustentável; 2) Pobreza, inclusão social, cidadania e participação política; 3) Energia e infraestutura; 4) Turismo, grandes eventos e cultura; 5) Meio ambiente: desmatamento, fundo clima, fundo Amazônia, ARPAS, acesso a recursos genéticos, bolsa verde, CAR, água. Com esta vasta gama de endereços, o Governo brasileiro revela aos partecipantes oficiais da reunião da ONU, mas o faz igualmente aos brasileiros em geral, as linhas predominantes da atividade política do Estado, a mesma que permitiu ao Brasil de apresentar-se no quadro mundial do desenvolvimento industrial, de 2009 a 2012, como o país que atinge o 1° lugar do correspondente ranking internacional. Com um crescimento, 2012, de 4%, o que levou o Brasil a apresentar-se no concerto das nações como a  6ª. potência mundial, superando pela primeira vez a Grã-Bretanha.

 Além da oceânica zona carioca da Barra da Tijuca, a Rio+20 se alargará igualmente por outros espaços da cidade: Parque do Flamengo, Centro, Jardim Botânico. No Parque do Flamengo, o belíssimo e muito longo jardim público, famoso pelos seus canteiros floreais, desenhados e executados por Burle Marx, área costeira que une a zona sul com o Centro da cidade, estarão presentes diversas manifestações. Ali, no MAM-Museu de Arte Moderna, no térreo e arredores, ficará localizada a área para o Governo brasileiro e sociedade civil, enquanto que o 1° pavimento  do mesmo Museu hospedará uma exposição temática.  No Vivo Rio, outro significativo espaço do Parque, se localizará uma área para eventos, debates e atividades da sociedade civil, bem como se apresentará como ponto de retransmissão de atividades do Riocentro e dos outros espaços. Passando para um ponto do Centro da Cidade, mais precisamente na zona portuária entre os Armazéns 1,2 e 3, serão abertos grandes espaços expositivos. Finalmente, no Jardim Botânico, desenvolve-se de 1° a 14 de junho , um Ciclo de Debates, ocupando as sedes do Solar da Imperatriz (80 pessoas) e aquele do Espaço Tom Jobim (com capiência para 400 a 500 pessoas). Tais debates se apresentarão com as seguintes cacterísticas: Foco nacional; Parceria inter-institucional; Formato talk-show; Platéia selecionada. O mesmo Ciclo de Debates se subordinam aos seguintes temas: 1) Juventude e sustentabilidade; 2) Mulheres e sustentabilidade; 3) Consumo
e Produção sustentáveis; 4) Florestas; 5) Ucs e Biodiversidade; 6) Resíduos sólidos e reciclagem; 7) Inclusão financeira e sustentabilidade; 8) Químicos; 8) Empreendedorismo verde.

  Para posteriores possíveis informações sobre todas essas manifestações, se apresentam de amplo interesse os seguintes links:

 

htpp://www.uncsd2012.org./rio20/ (site officia da ONU);
htpp://www.rio20.info (site oficial da ONU em português);
htpp://www.rio20.gov.br (site official do Governo brasileiro para a Rio+20, em português);
htpp://hotsite.mma.gov.br/rio20 (site do MMA para a Rio+20);
htpp://hotsite.mma.gov.br 

 

 Certamente a Rio+20 se apresenta com um novo sucesso da política do Governo brasileiro, bem como de sua atividade diplomática na mais ampla área internacional. Juntando-se aos dois outros grandes sucessos brasileiros de próximas realizações, o Campionato do Mundo de Futebol, de 2014, e as Olimpíadas-2016 do Rio de Janeiro, este encontro da ONU revela mais uma vezes à opinião pública internacional o novo Brasil aberto para o diálogo mundial como uma potência nacional de continuado progresso.
  

 

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