Edward Burnett Tylor – por Raúl Iturra

 

 

 

Edward Burnett Tylor (Londres, 2 de Outubro de 1832 — Wellington, 2 de Janeiro de 1917) foi um antropólogo britânico. Era irmão do geólogo Alfred Tylor. Considerado o pai do conceito moderno de cultura, Tylor filia-se à escola evolucionista. Sua principal obra é Primitive Culture (1871). Tylor é considerado um representante do evolucionismo cultural. Nos seus trabalhos Cultura primitiva, referidos na linha de cima e Anhtropology, l881, Macmillan and Co ele definiu o contexto do estudo científico de antropologia, baseado nas teorias evolucionárias de Charles Darwin. Acreditava que existia uma base funcional para o desenvolvimento da sociedade e religião, que ele determinou ser universal; reintroduziu o termo animismo (a fé na alma individual ou anima de todas as coisas e manifestações naturais) no senso comum. Ele considerou animismo como o primeiro estágio de desenvolvimento de todas as religiões. Fonte: as minhas leituras das suas obras, os comentários de Marvin Harris, as minhas aulas e as palavras de

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Burnett_Tylor

Entre outras ideias importantes de Tylor, desenvolvidas no seu livro de 1871, está o de cultura, lato, como tinha já advertido: Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um conceito desenvolvido inicialmente pelo antropólogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo e metabiológico criado pelo homem [1]. São práticas e acções sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período. Várias ciências desenvolvem o conceito da cultura, especialmente a fornecida por Voltaire em Filosofia Iluminista, Tylor

 

Em Antropologia, já sabemos: esta ciência entende a cultura como a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do estudo da cultura) a cultura seria “o complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Portanto corresponde, neste último sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo. O uso de abstracção é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. Entretanto fala-se também em cultura material (por analogia a cultura simbólica) quando do estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas, etc.).

Essa forma de cultura (material) é preservada no tempo com mais facilidade, uma vez que a cultura simbólica é extremamente frágil. Fonte, as anteriores citadas, especificamente o livro de Tylor de 1871, Primitive Culture: Tylor é considerado um representante do evolucionismo cultural. Em seus trabalhos Cultura primitiva e Antropologia, ele definiu o contexto do estudo científico de antropologia, baseado nas teorias evolucionárias de Charles Darwin. Ele acreditava que existia uma base funcional para o desenvolvimento da sociedade e religião, que ele determinou ser universal. A primeira definição científica de cultura é do antropólogo inglês Edward Tylor (1832-1917). Para Tylor cultura é a expressão da totalidade da vida social do homem. Desta forma, ele rompe com a teoria da degeneração que considerava os primitivos seres à parte. Tylor acreditava na capacidade do homem de progredir. Como cientista, partilhava dos postulados evolucionistas do seu tempo. Tentando provar a continuidade entre a cultura primitiva e a cultura mais avançada, se esforçava para demonstrar a inevitável caminhada do selvagem em direcção ao civilizado.

 

Entre primitivos e civilizados não há uma diferença de natureza, mas, simplesmente, de grau de avanço no caminho da cultura (evolução). Para desvendar a passagem da cultura primitiva para a cultura civilizada, Tylor introduz na etnologia o Método Comparativo, buscando estabelecer estágios de evolução da cultura. Fundador do método comparativo, conforme me confidenciara a estudante de Malinowski, a minha querida velhinha Lucy Mair (28 January 1901 – 1 April 1986) da London School of Economics e do Royal Institute for International Affairs , torno a dizer que me contara nos nossos seminários das Sestas Férias do nosso Departamento de Social Anthropology em Cambridge, Tylor utilizava em suas pesquisas a “aritmética social”, ou seja, dispunha os costumes em tabelas para ver como se relacionavam. Até este ponto a confidência. Li os livros de Tylor: estudou a questão da primordial ou primitivo e da patrilinearidade ou da matrilinearidade – que sistema surgiu primeiro?

 

Após descobrir que nas sociedades matrilineares a mulher não exercia a autoridade, rejeitou os termos ‘matriarcal e ’patriarcal’. Frisou a importância do casamento entre filhos de irmãos e irmãs nas sociedades simples, desenvolvendo a frase casamento de primos cruzados, e também introduziu em Antropologia o termo sobrevivência, sendo esta instituição: • Processos, costumes, opiniões, etc., que foram transportados pela força do habito para um novo estado da sociedade diferente daquele em que se tinham organizado e, que, desta forma permanecem como provas e exemplo de uma condição cultural mais antiga de onde a mais nova se desenvolveu, [Tylor em Primitive Culture, 1913, vol.i, p.16, citado por MAIR 1985. Pp31] • Fonte: Comentários sobre o Evolucionismo Cultural: Edward B. Tylor (1832 – 1917) e J.C. Frazer (1854 – 1941) e o Evolucionismo Cultural
 

 

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