A melhor maneira de conhecer um povo é estudando a sua cultura. E a sua literatura pode revelar-nos os aspectos mais diversos da sua vida, da sua história e das maneiras de ser das suas gentes. Estudando-a ao longo dos tempos, conseguimos chegar a uma ideia dos valores desse povo, das suas ambições, dos seus sofrimentos e do caminho que percorreu. O Professor Norman Foerster no seu livro Image of America, de 1962, traduzido no Brasil por Lúcia Carvalho Alves, para a Editora Lidador, do Rio de Janeiro (colecção Mimesis), com o título A Literatura como Imagem, distingue cinco fases na história da literatura dos Estados Unidos.
A Época Puritana.
Em 1620 um grupo de puritanos, que fugiam das perseguições em Inglaterra, fundaram Plymouth, em Massachusetts. Depoisvieram vagas sucessivas de emigrantes. Deram à Nova Inglaterra uma carácter especial, que, em alguns aspectos, perdurou até hoje. William Bradford (1590 – 1657), que governou a colónia de Plymouth durante mais de trinta anos, escreveu a History of Plymouth Plantation, onde conta a história do seu grupo de peregrinos e as razões porque viajaram até à América. Foerster assinala que a colónia era governada pelo clero, cujos elementos eram pessoas conhecedoras de teologia, hebreu e grego. E os puritanos eram ingleses, fortemente marcados pela cultura inglesa, e desejosos de assim continuar, transmitindo aos seus filhos a cultura que lhes fora legada. Escreveram sobretudo biografias e autobiografias, sermões e outros textos muito enformados pelo espírito religioso. A maior figura desta época terá sido Jonathan Edwards (1703 -1758), pregador revivalista, defensor do calvinismo.
A Idade Neoclássica