CADA UM ESPECIAL À SUA MANEIRA – JOVENS COM SINDROME DE DOWN EM “PROVA DE FOGO” por clara castilho

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Falei na semana passada no Festival Festin que está a decorrer. Nele pode ser visto o filme “Colegas” que narra sonhos de jovens com síndrome de Down. É dirigido e tem guião de Marcelo Galvão, e como actores Rita Pokk, Ariel Goldenberg e Breno Viola, além dos atores Lima Duarte, Juliana Didone e Amélia Bittencourt. A história é a de três amigos que se comunicam basicamente por meio de citações do cinema, resultado dos anos em que trabalharam na videoteca do Instituto Madre Tereza, local onde vivem.

Um dia, inspirados pelo filme Thelma & Louise resolvem fugir num carro velho em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha procura um marido para se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.

O filme tem como produtor executivo Marçal Souza que tem em sua filmografia muitos  sucessos comerciais.

Por cá, também podemos elogiar a capacidade de trabalho de jovens com estas caraterísticas. Por exemplo, os do Grupo Crinabel Teatro. É um colectivo com 26 anos de existência, criado no seio da Crinabel, Cooperativa de Ensino Especial, e que tem vindo ao longo do seu percurso a desenvolver um trabalho artístico com jovens portadores de deficiência mental, procurando potenciar as suas capacidades artísticas, pessoais e sociais.

Para este ano de 2013 o Grupo disponibiliza para digressão vários espectáculos. Informações podem ser recolhidas em: Www.crinabelteatro.blogspot.com e http://www.facebook.com/crinabel.teatro.

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Também por cá, um grupo de alunos de cinema da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, decidiu dar protagonismo a pessoas com deficiência mental no projecto de fim de curso. Conta com a colaboração da delegação da Covilhã da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). Todo o processo será orientado e filmado pelos alunos de cinema, resultando numa curta-metragem que será avaliada como projecto de final de curso, mas que “representa muito mais”, descreve o realizador do filme Henrique Cannavial. Tem como título “O mais forte protege o mais fraco”
Silvie Matos, uma das clientes da instituição, não esconde o desejo: “gostava de entrar num filme”, afirma acrescentando que fazer parte de uma equipa de cinema “é espetacular”.

Desejo de viver, de fazer algo e de ser feliz. Saibamos corresponder com o que necessitam. Para nossa felicidade também!

1 Comment

  1. A informação que corre na net nem sempre é a mais correta. O Projecto da Universidade da Beira Interior de que falei chama-se “Síndrome do Cinema” e não “O mais forte protege o mais fraco”. Aqui fica a devida correcção com as minhas desculpas ao realizador e a toda a equipa. Quem estiver interessado pode ver a iniciativa em : http://www.facebook.com/Sindrome.Cinema.

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