A LITERATURA EM DEBATE NO CENTRO CULTURAL DE BELÉM – 11 E 12 DE JANEIRO

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Um debate de grande importância  sobre a «urgência da literatura». Fernando Pessoa converteu-se numa das mais importantes marcas nacionais – o que significa que, em todos os planos, incluindo o da Economia, a literatura tem importância e que é urgente que o poder político crie uma estratégia cultural que dê ao livro o papel central que nessa estratégia ele deve assumir – aquilo a que se pode chamar uma política do livro. Esta nota introdutória constitui a única intervenção argonáutica na notícia  – o post é preenchido com o anúncio oficial do evento. Dizemos só uma coisa – não acreditamos que deste governo parta qualquer iniciativa válida no sentido de algo de positivo ser feito. Quanto a nós,  a presença de Nuno Crato desacredita o Encontro.

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11 e 12 de Janeiro de 2014

A literatura, «linguagem carregada de sentido», na conhecida definição de Ezra Pound, merece, nos tempos que correm, renovadas interrogações. Seja quanto à sua missão social, seja quanto à sua dimensão estética, não sofre contestação que é através da literatura que a língua portuguesa atinge a sua máxima realização. Pensar a literatura num tempo em que impera o paradigma tecnológico significa, sobretudo, questionar que literatura é hoje feita para as crianças e adolescentes e qual a responsabilidade de pais, educadores, professores, escritores, editores e livreiros.

Quais as relações entre o público-alvo e a necessária missão educativa dos livros? Que responsabilidades devem ser atribuídas a editores, escritores e professores/escola? Que tipo de literatura fomenta a leitura crítica, exigente, responsável? Que papel cabe ao jornalismo e à Universidade?

Uma vez que nos parece deficitária a educação literária entre os alunos que frequentam hoje a escola em Portugal, impõe-se uma ampla reflexão em torno das vantagens que o ensino do texto literário possibilita. O entrecruzamento da Literatura com disciplinas como História e a Filosofia, mas também com as ciências e as artes, promove o alargamento da compreensão do mundo e conduz a uma formação mais sólida e consciente da personalidade e da cidadania.

Numa época em que se fala abertamente da «crise das humanidades» e da necessidade urgente de recuperar um convívio franco e salutar com o nosso património literário, convidamos diversos agentes culturais (instituições governamentais e não governamentais), escritores, professores e académicos, jornalistas, editores e a sociedade civil a pensar a literatura e a sua necessidade para mantermos viva a nossa cultura.

 Professora Doutora Helena Buescu e Doutor António Carlos Cortez

  11 de Janeiro

 Sessão de Abertura – 10h00

Jorge Barreto Xavier; Vasco Graça Moura; Eduardo Marçal Grilo;Guilherme d’Oliveira Martins

 1ª Sessão – 10h30 – 12h30

Pensar a Literatura: as editoras, os escritores, o jornalismo e as instituições

Moderador: António Carlos Cortez

Mário de Carvalho; Teolinda Gersão; Manuel Alberto Valente; José Carlos Vasconcelos;Ana Paula Laborinho

 2ª Sessão – 14h30 – 17h00

Políticas de literatura: exigência escolar, a universidade e o ensino da literatura

Moderador: Helena Buescu

Elisa Costa Pinto; José Augusto Cardoso Bernardes; Rosa Maria Martelo;Carlos Mendes de Sousa; Maria Alzira Seixo

 12 de Janeiro

 

3ª Sessão – 10h00 – 12h30

Responsabilidade pedagógica e social: direitos e deveres de quem escreve e direitos e deveres de quem ensina

Moderador: António Carlos Cortez

Guilherme d’Oliveira Martins; José Jorge Letria; Nuno Júdice; Ana Paula Tavares

 4ª Sessão – 14h30 – 17h00

A educação do gosto literário e o diálogo entre humanidades e ciência

Moderador: Helena Buescu

Fernando Pinto do Amaral;João Lobo Antunes; Nuno Crato; Vasco Graça Moura

Sessão de Encerramento

A urgência da literatura, Eduardo Lourenço

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