A viagem do elefante decorre do livro de José Saramago – e das viagens que o próprio autor fez por Portugal, em 2009, seguindo a rota do elefante, personagem central do seu livro – Salomão partiu de Belém, a caminho de Viena de Áustria.
Se este foi o último sonho de Saramago, foi precisamente a sua concretização que a Fundação com seu nome quis tornar realidade.
Assim, já no ano passado, o elefante Salomão percorreu o país.
O Trigo Limpo – Teatro ACERT montou um espectáculo de teatro de rua A Viagem do Elefante e a musica é de Flor de Jara (Espanha). Pretende-se fazer uma revisitação teatral daquele que o autor descreveu como o caminho que o elefante Salomão percorreu até Viena de Áustria. O próprio Salomão é um engenho cénico de grandes dimensões, integrando um espectáculo teatral que cruza outras disciplinas artísticas (música e artes plásticas).
Pretende-se também ter uma forte componente comunitária. Uma semana antes da estreia em cada local, decorrem ensaios com actores, músicos e população local, sendo cada apresentação singular não só pelas participações como também pela exploração de espaços e edifícios públicos que passam a representar as etapas da viagem.
Para além disto, o projecto não se esgota na apresentação do espectáculo, pois complementa-se com iniciativas de celebração da obra do escritor e com acontecimentos locais dos municípios promotores.
VlLA NOVA DE PAIVA
26 de Julho – Junto ao Auditório Carlos Paredes pelas 21:30.
SÁTÃO
16 de Agosto – Junto aos Paços do Concelho pelas 21:30
STA COMBA DÃO
23 de Agosto – Largo do Município pelas 21:30.
CASTRO DAIRE
30 de Agosto – Jardim Municipal pelas 21.30
CARREGAL DO SAL
6 de Setembro – Praça do Município pelas 21:30.
MANGUALDE
13 de Setembro – Largo Dr. Couto pelas 21:30.
S. PEDRO DO SUL
20 de Setembro – local ainda não indicado
A ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela foi formada em 1979, assumindo-se como portadora de um sentido de actuação pluridisciplinar, em termos das áreas artísticas, assentando a sua vertente criativa no núcleo que lhe deu origem: O TRIGO LIMPO teatro ACERT.
Esta singularidade (um grupo de teatro na génese de uma associação), caracteriza a dinâmica da ACERT, influenciando decisivamente a sua evolução: crescimento de um projecto transversal, em termos da promoção de espectáculos; formação e produção artísticas, sustentado por uma equipa que, pela profissionalização teatral, garante a sua operacionalidade, em termos da gestão de um projecto contínuo de programação permanente.
É visível na prática da ACERT alguns elementos identificadores da sua acção:
– Uma equipa de criadores teatrais que, na pluridisciplinaridade das linguagens artísticas e dos campos de actuação que abordam, representam uma mais-valia importante no acompanhamento de uma programação e dinâmica de um espaço, havendo a realçar a natureza inovadora caracterizada pela incursão em áreas transversais artísticas: máquina de cena “Memoriar”; identidade dos Festivais de Músicas do Mundo; abertura permanente aos criadores emergentes nas várias áreas artísticas sem espaço próprio de produção e produções especiais na exploração de múltiplas linguagens: multimédia, música e teatro, arquitectura de cena, edições, etc.
– Uma complementaridade de sinergias entre equipas (criadores, gestores, programadores, técnicos e agentes culturais) na prossecução de um plano interventivo comunitário e transversal, pelas inter-relações artísticas que provêm da acção de itinerância da equipa teatral residente.
– Uma capitalização, pela equipa artística residente, das experiências abrangentes realizadas nas várias áreas artísticas, projectadas na ampliação do universo experimental a explorar a nível criativo.
– A genuinidade e qualidade de estreias nacionais e internacionais que escolhem já o NOVO CICLO ACERT, como espaço privilegiado de pré-produção e de corrente de espectadores instalada, enquanto motor de captação de públicos extra-regionais.