Hoje lembramos Jean Piaget que nasceu a 9 de Agosto de 1896, em Genebra. Licenciou-se e doutorou-se em biologia nessa mesma cidade. Foi trabalhando em Zurique e Paris que veio a desenvolver a sua teoria sobre o desenvolvimento do conhecimento.
Para quem estude Psicologia e Educação é obrigatório passar pelas suas obras.
Olhando para uma criança ficamos sempre a pensar como é que ela adquire conhecimentos, como os incorpora, como começa a andar, a falar, a comunicar… Foi observando seus próprios filhos que Piaget foi desenvolvendo a sua teoria, com ideias que representam um salto qualitativo na compreensão do desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração entre o sujeito e o mundo que o circunda.
Conclui ele que a inteligência é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Assim, é através da interacção com o meio que a criança vai desenvolvendo a sua inteligência, a partir de exercícios e estímulos. Temos, portanto, um comportamento que não é inato mas construído. E quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo.
O indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo, se puder agir sobre os objectos, numa interligação de assimilação e acomodação. A adaptação intelectual constitui-se então em um “equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar” (Piaget, 1982).
São célebres os estadios de desenvolvimento que estipulou:
– Período Sensório-Motor – do nascimento aos 2 anos, aproximadamente.
– Período Simbólico – dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.
– Período Intuitivo – dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente.
– Período Operatório Concreto – dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente.
– Período Operatório Abstrato – dos 11 anos em diante.
Um outro ponto importante a ser considerado é o de que o modelo piagetiano prima pelo rigor científico de sua produção, ampla e consistente ao longo de 70 anos. Faleceu com 84 anos, em 1980, tendo escrito cerca de 70 livros e mais de 400 artigos.