NOTA BIOBIBLIOGRÁFICA
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (1899-1986)
Jorge Luis Borges, filho de Jorge Guillermo Borges e Leonor Acevedo de Borges, nasceu no dia 24 de agosto de 1899 em Buenos Aires, na casa de seus avós maternos. Dois anos depois, a família Borges muda-se para uma casa antiga e grande com jardim e moinho, que o futuro escritor recordará em livros. A criança Borges aprende a falar ao mesmo tempo o espanhol e o inglês, mas é alfabetizado antes no inglês por sua avó paterna. Pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914), a família viaja à Europa e, em razão do conflito, fixa residência na Suíça onde o adolescente Georgie (apelido de família) aprende francês e alemão, e completa o segundo grau. Lá os Borges residem até a morte da avó uruguaia, em Genebra, em 1918, ano do término da guerra. A família transfere-se então para a Itália, depois, Espanha e, em 1921, retorna a Buenos Aires. Borges redescobre sua cidade natal e é o momento em que alguns motivos pessoais surgem na sua obra: os pátios, os arrabaldes, o culto à coragem, os bairros, espelhos e labirintos. Outras obsessões borgianas aí se insinuam e persistirão em poemas, ensaios e contos: o tempo, o infinito, a eternidade, o destino. Na década de 1920 publica três livros de poesia e três ensaios. Em 1934, publica o seu primeiro conto: “O Homem da Esquina Rosada”, e a partir daí passa a escrever seus contos mais famosos. O pai morre em 1938; nesse mesmo ano Borges sofre um grave acidente e, no seguinte, escreve seu primeiro conto fantástico: “Pierre Menard autor do Quixote”. Agrava-se seu problema de visão, passa a depender mais da mãe e de amigos. Recebe, em 1944, o Grande Prêmio de Honra da Sociedade Argentina de Escritores com o livro Ficções. Perón sobe ao poder em 1946 e Borges renuncia a um humilhante cargo que lhe foi imposto como represália política; inicia então uma nova e bem-sucedida carreira de conferencista. Em Paris, em 1951, publica a tradução francesa de Ficções, promovendo sua carreira de escritor internacional. Recebe o Prêmio Formentor em 1961, dividido com Samuel Becket, e consolida seu nome como autor universal. Seguem-se viagens, prêmios, conferências, condecorações, títulos: é a fama. Em 1967, casa com Elsa Astete Millán, separa-se três anos depois, e volta a morar com a mãe. Os peronistas retomam o poder, em 1973, e Borges abandona o cargo de diretor da Biblioteca Nacional. Em 1975 morre a mãe, Leonor. Dez anos depois, ele deixa Buenos Aires pela última vez. Em abril de 1986 casa com Maria Kodama e, em 4 de junho do mesmo ano, morre em Genebra onde está enterrado.
NOTA BIOBIBLIOGRÁFICA
Enrique Manuel Amorim (1900-1960)