A COLUNA DE OCTOPUS – Charlie Hebdo: os limites da liberdade de opinião

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Legenda da direita – “Maomé: nasceu uma estrela”

Charlie Hebdo, que agora toda gente reivindica como um símbolo da liberdade de imprensa é na verdade um jornal islamofóbico. Semana após semana o seu único objectivo tem sido caricaturar e denegrir a religião muçulmana. A religião muçulmana, como todas as outras pode (e deve) ser objecto de crítica, como qualquer ideologia politica, mas então os critérios devem ser os mesmos para todos em nome da liberdade de opinião, o que não é verdade.

Podemos criticar a teologia islâmica, as suas atitudes em relação às mulheres, a sua ausência de leis civis prevalecendo a charia e muitas outras coisas. Mas qualquer órgão de informação que critique a religião hebraica é acusado de anti-semita e em muitos países punido pelas leis vigentes. Qualquer pessoa que ponha em causa o holocausto é punido de prisão em certos Estados.

Não gostar dos muçulmanos e criticá-los é visto como natural no ocidente, mas alguns partidos de extrema direita que não gostam dos negros e os criticam são perseguidos pela justiça, por ser racistas.Não emitem essas pessoas ou órgão políticos ou sociais opiniões que por definição deveriam ser livres?O egocentrismo judaico-cristão dominante não se deve sobrepor aos valores que defende mas não cumpre, ou então a liberdade de imprensa e de opinião não existe e tem limites. O problema é que esses limites são sempre impostos pelas civilizações dominantes.

2 Comments

  1. Este jornal não é islamofóbico ! Ele faz humor sobre todas as religiões ! Quem disser o contrário é porque nunca o leu ! Quem não gostar não lê ! Há quem goste ! Esta é a diferença do que está em causa , dar a possibilidade de ler a quem goste e a possibilidade de não ler a quem não goste ! Proibir ou matar porque não se gosta é o caminho para a intolerância e fanatismo !

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