REFLEXÃO – pseudo-informação médica – por Adão Cruz

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Hoje em dia, a informação médica, dita científica, cai sobre nós em catadupa, dando mais trabalho seleccionar o que se há-de ler do que ler o que foi seleccionado. Trata-se muitas vezes de informação unidireccional, unidimensional e socialmente acrítica, intencionalmente dirigida e digerida, programada para outros fins que não a autêntica saúde dos doentes. Trata-se muitas vezes de informação estéril, no contexto de endeusadas “guidelines”, de que a maior parte dos doentes, ao fim e ao cabo, pouco beneficia, e que só ficcionalmente contribuem para a evolução da verdadeira saúde social.

E tudo isto porque o doente de hoje não é, fora de um verdadeiro e humanitário Serviço Nacional de Saúde, um ser humano, um fim em si mesmo, a meta das autênticas preocupações da Saúde, a célula que é necessário preservar para que o tecido social não sofra, mas apenas o número, o caso, o pretexto para atingir outros fins que nada têm a ver com éticas ou com critérios de humanidade.

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