CRÓNICAS DO QUOTIDIANO – TERRORISMO: O PIOR É O DOS ESTADOS – por Mário de Oliveira

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 Os países da UE preparam, por estes dias, novas leis/medidas para “combater” – atentem só neste verbo! – o terrrorismo. Não o dos seus estados. O de certos grupos organizados que, aqui e ali, pratiquem actos incomparavelmente menos terroristas do que os deles.O pior terrorismo é o dos estados. É o amargo pão quotiidiano dos povos que já o aceitam como coisa natural. Ou, até, como expressão da vontade de Deus, se suas mentes andam ainda envenenadas por ideologias religiosas. O judeocristianismo-islamismo é terrorista. A principal fonte de terrorismo no mundo. A Bíblia e o Alcorão são os dois grandes manuais de instruções do terrorismo dos estados. Não. Não é uma postura de generosidade/benevolência que leva Constantino, no séc. IV, a acolher o judeo-cristianismo, como a única religião oficial do seu império. É que nenhuma outra lhe dava tantas garantias de se perpetuar no poder, fossem quais fossem os crimes, os assassinatos, os roubos/os impostos que as suas tropas e demais funcionários do império realizassem. Tudo seria interpretado como querido/mandado por Deus. O Ocidente, de raízes ideológicas judeocristãs-islâmicas, continua a ser, no início do terceiro milénio, o terror institucional organizado que é – EUA-UE-NATO, por um lado, Al-Qaeda-EI, por outro lado – graças à ideologia judeocristã-islâmica que os povos trazem no seu inconsciente colectivo. Somos terroristas que nunca se reconhecem. Pelo contrário, temo-nos, até, como os mais civilizados dos povos, só porque vencedores, graças a sermos os mais sofisticadamente armados, violentos, ladrões, mentirosos, assassinos institucionais. Tudo o que fazemos é para maior glória de Deus, o da Bíblia-Alcorão. No meio desta selva judeocristã-islâmica, os seres humanos e os povos das nações são o mexilhão que apanha de todos os lados. Quando, afinal, para Deus, o de Jesus Nazaré e de todos os povos por igual, somos nós, maieuticamente religados/organizados, que devemos cuidar das nossas vidas e do cosmos. Sem a intervenção de estranhos, como são os estados das nações. Quando chegamos aqui?!

6 Março 2015

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