Selecção e tradução de Júlio Marques Mota
A França ficaria feliz que alguém (a) force a fazer as reformas”
Magazine Marianne, La France serait contente que quelqu’un (la) force à réformer
17 de Abril de 2015
O ministro das Finanças alemão é um apologista das posições fortes e duras. Na quinta-feira, durante um debate, o ministro Schäuble: “a França ficaria contente que alguém a force o Parlamento, mas é difícil, é a democracia”. Para o nosso homem de ferro alemão, já bem decidido a fazer vergar a Grécia, a democracia é, portanto, uma restrição e o povo, provavelmente, um adversário.
O nosso fino democrata está em todo caso certo do que diz. É que ele está mesmo bem informado, informado pelas melhores fontes: “Se falarem com os meus amigos franceses, que seja Michel Sapin ou Emmanuel Macron, explicou, eles têm longas histórias para contar sobre a dificuldade em convencer a opinião pública e o Parlamento sobre a necessidade de reformas do mercado do trabalho”.
Mais do que “convencer”, Schäuble preconiza por conseguinte que se funcione …`à chicotada (schlague). Algures, haverá aqui uma lógica. Mas dizê-lo, é assumir o risco de ser alcunhado de germanofobia. Enquanto que ninguém nunca ousará, alguma que seja, criticar Schäuble pelas suas tendências “democrato-fóbicas”.
Revista Marianne: Wolfgang Schäuble : “La France serait contente que quelqu’un (la) force à réformer”.
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