Viajou com as amigas. Agora, acabara por se tornar numa espécie de imposição.
Uma construção de cerca de meio ano. Uma dava uma ideia de destino, outra fazia uma contraproposta, e por aí fora, até se acertar num local. E numa data, para a marcação das respectivas férias nos locais de trabalho.
Seguia-se a época da pesquisa, da escolha da forma de viagem, da marcação de local de estadia. Depois a mais miudinha, o que visitar, os restaurantes onde se banquetear, os bares típicos onde extravasar a contenção de um ano…
Um círculo que se ia repetindo, cada uma com a sua família, umas mais acompanhadas afectivamente, outras mais solitárias. Mas mantendo esse tempinho, simultaneamente de grupo e pessoal, porque cada uma afastada do convívio habitual dos familiares.
Só que este ano, estava a ser difícil estar em conjunto, estava a ser difícil deixar-se levar.