EDITORIAL – 31de Janeiro – DIA DO PORTO

8

Temos dedicado o dia 31 de Janeiro à cidade do Porto. Como sabemos, foi na madrugada de 31 de Janeiro de 1891 que eclodiu o primeiro movimento militar visando o derrube da Monarquia. Por motivos de saúde do nosso querido amigo José Magalhães, não é possível este ano apresentar a habitual edição dedicada exclusivamente à Invicta. Esta circunstância levou-nos a uma decisão – não organizar mais «dias especiais» – todos os dias serão «dias do Porto», cidade onde temos, além do José Magalhães, uma significativa quantidade de excelentes colaboradores – a Eva Cruz, o Soares Novais, o Adão Cruz, o César Príncipe, o Marcos Cruz…

«Acusados» – quando começámos -de ser «mais um blogue de Lisboa», esperamos ter provado que não entramos nessa guerra do «regionalismo  bacoco», acirrado por futebolismos estúpidos – somos um blogue português, voltado para o mundo lusófono e aberto a um europeísmo não federalista. Temos causas privilegiadas, tais como a de negar a legitimidade que a decrépita monarquia borbónica tem de recusar o direito à independência à Catalunha, à Galiza e ao País Basco – na medida em que os respectivos povos o desejem, com o regresso do regime Republicano a uma Espanha que os franquistas e a escumalha falangista transformaram numa monarquia que nem de opereta chega a ser.

Para Portugal, defendemos uma democracia que não seja interpretada como contexto de «liberdades«, mas um espaço de Liberdade. Somos feministas e defendemos a plena igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, sem os histéricos argumentos que «provam» a superioridade emocional e cognitiva das mulheres. Somos contra a homofobia, entendendo que a cada cidadão compete decidir a sua orientação sexual, mas não aceitamos o repugnante espectáculo do orgulho gay – ser hétero ou homo não tem de ser motivo de orgulho – é uma mera circunstância que deve ser encarada como coisa natural.

Defendemos os direitos dos animais, nossos companheiros neste planeta azul que a voracidade criminosa de alguns está a degradar em níveis preocupantes. Condenamos a corrupção, venha ela de onde vier – uma boa parte dos argonautas pertence ao PS – o que nunca nos impedirá de denunciar as falcatruas ‘socialistas’,  tais como as que forem praticadas pelos partidos de direita. Respeitaremos a suprema magistratura da Nação, mas denunciaremos os malabarismos e as cambalhotas circenses com  que o afilhado de Marcelo Caetano e militante do partido descendente da UN procure violar os princípios democráticos. Não falaremos de futebol na perspectiva clubística… Aceitamos as crenças religiosas, as ordens e sociedades (secretas ou não) que defendam a fraternidade. Fórum plural e democrático, aceitamos todas as ideologias que visem a Igualdade, a Fraternidade e a Liberdade.

Em vez dos «dias» especiais, todos os dias defenderemos os direitos da mulher, das crianças, a independência das nações oprimidas… a beleza do Porto, de Lisboa ou do Rio, serão tema de crónicas semanais; envidamos esforços para que haja uma rubrica semanal de espectáculos e homenagearemos entidades que, na nossa opinião, o mereçam – no próximo dia 22, sob a direccão de uma nova argonauta – Maria Estela Guedes, dedicaremos a edição ao Professor Germano Sacarrão.

Explicada que está a ausência da edição dedicada ao Porto, onde como dizia Garrett, se trocam os vv pelos bb, mas não se troca a liberdade pela opressão, enviamos ao José Magalhães os votos de melhoras e o colectivo abraço da Comissão Coordenadora.

1 Comment

Leave a Reply