Programa do UNICEF e do UNFPA vai mobilizar governos, comunidades, famílias e jovens para combater o casamento precoce em 12 países da África, Ásia e Oriente Médio. Dados indicam que, se nada for feito, o número de mulheres e meninas casadas durante a infância poderá chegar a 1 bilhão em 2030.
O número de mulheres e meninas que terão casado durante suas infâncias poderá chegar a 1 bilhão em 2030. A previsão é do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), que anunciaram nesta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, uma nova iniciativa para combater o matrimônio infantil em 12 países da África, Ásia e Oriente Médio.
Segundo o UNICEF e o UNFPA, o casamento infantil é uma violação dos direitos das adolescentes e mulheres. As meninas que são casadas quando ainda são crianças estão mais propensas a deixar a escola, a sofrer violência doméstica, a contrair HIV/AIDS e a morrer devido a complicações durante a gravidez e o parto. O casamento infantil também prejudica as economias, levando a ciclos intergeracionais de perpetuação da pobreza.
Iniciativa vai mobilizar autoridades, comunidades, famílias e juventude
“Como parte deste programa global, vamos trabalhar com os governos dos países com uma alta prevalência de casamento infantil para defender os direitos das adolescentes, de modo que elas possam alcançar seu potencial e os países possam atingir suas metas de desenvolvimento social e econômico”, afirmou Osotimehin.
O novo programa global vai se concentrar em estratégias comprovadas, como o aumento do acesso das adolescentes à educação e a serviços de saúde, a conscientização dos pais e suas comunidades sobre os perigos do casamento precoce, o aumento do apoio econômico para as famílias e o fortalecimento e cumprimento de leis que estabeleçam 18 anos como idade mínima para o casamento.
A iniciativa também vai enfatizar a importância do uso de dados robustos para orientar as políticas relacionadas com as adolescentes.
“O mundo despertou para os danos que o casamento precoce causa às meninas, para seus futuros filhos e para suas sociedades”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Este novo programa global vai ajudar a direcionar a ação para alcançar as meninas em maior risco – e ajudar mais meninas e mulheres jovens a realizarem o seu direito de escolher seus próprios destinos.”
A comunidade global demonstrou um forte compromisso em acabar com o casamento de crianças ao incluir, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a meta de eliminá-lo, juntamente com outras práticas nocivas. O UNICEF e o UNFPA fazem um apelo aos governos e organizações parceiras para que apoiem o novo Programa Global que ajudará a acabar com o casamento infantil até 2030.
“Passar do oito para o oitenta”, como aqui se propõe, parece-me profundamente errado. A conjugalização das mulheres deve depender de cada uma delas e não do parecer de ‘técnicos’ transculturais e suprapessoais,
A diversidade cultural é enorme como sabe qualquer antropólogo competente, Compete ao Estado PROTEGER A AUTONOMIA DA DECISÃO DA NUBENTE e definir um limite mínimo (14 anos?), mas não deve impôr à nubente limitações administrativas despóticas que aliás sempre poderá contornar não registando juridicamente conjugalidades realizadas por sua vontade. Impôr os 18 anos (um valor arbitrário, já foram 21) é impôr uma visão gestionária ‘ocidental’ – mais uma ditadura transcultural tão ao gosto da afirmação da “superioridade do branco”, em povos em que se trabalha desde os 7 anos, em que as crianças são a esperança, e em que a esperança média de vida não anda pelos 75/80 anos… mas pelos 35/45. Definir como ‘infantil’ uma pessoa com 16/17 anos que já começou a sua vida genital bem mais cedo é bizarro e mostra bem os delírios dos técnicos com vocação judicial e alma despótica, Um pouco mais de conhecimento do real e de aceitação da diversidade precisa-se…
“Passar do oito para o oitenta”, como aqui se propõe, parece-me profundamente errado. A conjugalização das mulheres deve depender de cada uma delas e não do parecer de ‘técnicos’ transculturais e suprapessoais,
A diversidade cultural é enorme como sabe qualquer antropólogo competente, Compete ao Estado PROTEGER A AUTONOMIA DA DECISÃO DA NUBENTE e definir um limite mínimo (14 anos?), mas não deve impôr à nubente limitações administrativas despóticas que aliás sempre poderá contornar não registando juridicamente conjugalidades realizadas por sua vontade. Impôr os 18 anos (um valor arbitrário, já foram 21) é impôr uma visão gestionária ‘ocidental’ – mais uma ditadura transcultural tão ao gosto da afirmação da “superioridade do branco”, em povos em que se trabalha desde os 7 anos, em que as crianças são a esperança, e em que a esperança média de vida não anda pelos 75/80 anos… mas pelos 35/45. Definir como ‘infantil’ uma pessoa com 16/17 anos que já começou a sua vida genital bem mais cedo é bizarro e mostra bem os delírios dos técnicos com vocação judicial e alma despótica, Um pouco mais de conhecimento do real e de aceitação da diversidade precisa-se…