EDITORIAL – HÁ 72 ANOS, OS ALIADOS DESEMBARCARAM NA NORMANDIA

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Em 6 de Junho de 1944, forças militares num total de cerca de um milhão de efectivos, englobando norte-americanos, britânicos, canadianos, franceses e outras nacionalidades, desembarcaram nas costas de França, entre Cherburgo e a foz do rio Sena. Cerca de dois meses e meio depois, superada a linha de defesa alemã, a Muralha do Atlântico, ocorreu a libertação de Paris. Para muitos terá sido a batalha decisiva da Segunda Guerra Mundial, ao obrigar a Alemanha a lutar em duas frentes. Mais de um ano antes tinha ocorrido a batalha de Estalinegrado, momento decisivo de inversão do conflito na frente leste, e com enormes efeitos materiais e psicológicos a todos os níveis.

Acreditou-se geralmente após o fim da guerra que não voltariam a aparecer, pelo menos a Ocidente, fenómenos semelhantes ao nazismo. Muitos também desejariam que não voltassem a aparecer situações equiparáveis ao estalinismo. Infelizmente é-se obrigado a constatar todos os dias que essas esperanças não se confirmaram. E que há muitas razões para estar pessimista. Por todo o mundo ocorrem situações de ditadura, de violências sobre as populações, de guerras sem fim, que inclusive estão na origem na enorme vaga de refugiados que actualmente procuram fixar-se na Europa. Essas vagas de refugiados infelizmente não acodem apenas ao continente europeu. Vejam nos dois primeiros links abaixo notícias provenientes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR – United Nations High Commissioner for Refugees) sobre situações na África e na Ásia. Entretanto as mortes no Mediterrâneo de pessoas que o procuram atravessar para alcançar a Europa, neste século, já são estimadas em mais de cem mil.

Os governos ocidentais terão conseguido passar a segunda metade do século XX sem se envolverem numa nova guerra mundial. Contudo tem de se constatar que têm grandes responsabilidades em muitas, senão na maioria das guerras que se têm verificado por todo o mundo. E que também têm uma quota de responsabilidades em muitas situações de ditadura, crises sociais e até climáticas. Com certeza que os governantes de outras partes do mundo, a começar pela China e pela Rússia (que geograficamente poderia ser considerada como um país ocidental) também têm a quota de responsabilidades. Contudo mais coerência no chamado Ocidente poderia ajudar o mundo a evoluir de outra maneira. Quando vemos alguém como Donald Trump tão perto do poder no país mais poderoso do mundo ficamos com muito receio. Pior ficamos, quando nos apercebemos que os seus rivais melhor colocados, na maioria não são muito melhores. Propomos que leiam, clicando no terceiro link abaixo, a opinião do cineasta Michael Moore. Podem ainda ler uma biografia curta deste clicando no quarto link abaixo.

http://www.unhcr.org/news/latest/2015/12/568535156/seeking-peace-central-african-refugees-turn-vote.html

http://www.unhcr.org/news/latest/2014/1/52e6796c6/qa-cws-provides-alternative-detention-lost-refugee-children-jakarta.html

https://www.theguardian.com/film/2016/jun/05/michael-moore-interview-where-to-invade-next-donald-trump

http://www.imdb.com/name/nm0601619/bio?ref_=nm_ov_bio_sm

 

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