EDITORIAL – MARCELO, O EQUILIBRADOR – ENTRE O FUTEBOL E A POLÍTICA

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O nosso presidente da república, não há dúvida, é um homem de comunicação fácil. E que se sente bem em todos os palcos. Para que não se pense que estamos a chamar artista ao nosso primeiro representante, vamos antes dizer em todos os campos. E assim usamos uma terminologia adequada aos tempos que vivemos, em que se um marciano (talvez não chegue, pois Marte é já aqui ao lado), ou um nativo de outro sistema solar, desembarcasse aqui em Portugal, neste domingo já parecido com um dia de Verão, encontrava-nos todos (enfim, quase todos) a olhar para uns ecrãs, maiores ou mais pequenos, muito absorvidos a seguir uns cavalheiros, num campo verde, de calções curtos, a correrem atrás de uma bola.

Entretanto, parece que alguns desses cavalheiros são nossos compatriotas. E paira entre nós um sentimento de que vão conseguir meter muitas vezes a tal bola que perseguem com tanto afinco numa rede pendurada nuns paus (as balizas de futebol são de madeira?) no outro lado do campo, e que não vão deixar que outros cavalheiros, também identicamente vestidos (eles dizem equipados), embora com umas cores diferentes, e que também andam lá pelo campo, metam a dita bola na baliza que está do “nosso” lado. Bem, oxalá que seja assim. Que os “nossos” compatriotas metam a bola na baliza mais vezes que os outros que, ao que dizem as notícias, são de outros países europeus. Terão a ver com o Mario Draghi ou a Angela Merkel?

O nosso presidente tem estado muitas vezes com os nossos compatriotas que vão então tentar meter a bola na baliza do outro lado do campo, e com ele tem estado o primeiro-ministro, o chefe da gerigonça (que Deus o abençoe, assim como ao nosso presidente). Foram os dois, e muito bem, conversar com um senhor a quem chamam seleccionador dos nossos compatriotas que vão tentar meter a bola na baliza. O chefe da gerigonça mostrou grande confiança em que assim vai ser. Disse que não era preciso ser hiperoptimista para estar confiante Mas o seleccionador pareceu menos confiante. Então, o nosso presidente disse que se “pudesse hoje definir o país, num extremo está o senhor primeiro-ministro com otimismo, híper-otimismo, do outro está Fernando Santos, que mesmo a ganhar 20-0 fica preocupado e acha que podia ser 22-0. No meio estou eu a tentar equilibrar emocionalmente o país”. A que se estaria ele a referir? Ao tal campeonato (parece que é assim que lhe chamam) com os outros europeus, a meter bolas na baliza, ou a outra coisa? Qual é a vossa opinião? Digam qualquer coisa, por favor.

Já agora, para não perderem o hábito, cliquem neste link:

http://www.infordesporto.sapo.pt/futebol/euro_2016/artigo/2016/06/11/euro2016-antonio-costa-nao-e-preciso-ser-hiperotimista-para-ter-confianca-na-selecao

 

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