VACINAR OU NÃO VACINAR por Luísa Lobão Moniz

Andamos todos confusos com a possibilidade de se tornar obrigatória a vacinação contra o sarampo.

O sarampo já tinha sido erradicado de Portugal e por isso não fazia parte do Plano Nacional de Vacinação. Há muito tempo que não se ouvia falar do sarampo. Neste mundo de globalização e de livre circulação entre os países, também circulam cultura, conhecimento…e vírus. Um desses vírus foi o do sarampo que veio em crianças não vacinadas. Apesar da população portuguesa estar quase toda vacinada há uma pequena franja que, por vários motivos que se prendem com algumas doenças de que as crianças são portadoras ou por opção dos pais, não está vacinada.

Foi o que aconteceu com a menina de 17 anos que morreu com uma dupla pneumonia derivada do sarampo.

Foi o suficiente para que a sociedade começasse a debater se a vacinação deve ser ou não obrigatória, se a obrigatoriedade fragiliza ou não a liberdade individual.

Foi sendo difundida a informação de que uma das contra indicações da vacina contra o sarampo é o despoletar o autismo nas crianças…mas esta informação não tem veracidade científica.

Em Portugal a vacinação não é obrigatória, mas 95% das crianças estão vacinadas pelo Plano Nacional de Vacinação

Os pais, poucos, consideram que vacinar é injectar a doença numa criança que ainda não a tem, no entanto, a maioria considera ser necessário vacinar porque acredita nos conselhos dos médicos.

As vacinas foram indispensáveis na redução da mortalidade infantil, salvaram milhares de vida.

As vacinas servem para proteger a criança de possíveis epidemias, ou surtos como o do sarampo, ou da meningite C que podem ser mortais ou deixarem várias sequelas.

Não há que alarmar ou castigar quem não quis vacinar os filhos, pois actuaram conforme a lei e a informação de que dispunham. É preciso informar com veracidade científica.

 Sem conhecimento não há liberdade de escolha.

Neste momento a vacina do tétano e da difteria são obrigatórias.

Em Inglaterra um juiz obrigou uma mãe vegan a vacinar a filha.

É triste morrer uma menina, de 17 anos, por causa do sarampo.

Há que conhecer para decidir, se a maioria dos pais não tivesse vacinado os seus filhos a mortalidade infantil voltaria a aumentar.

Um dos Direitos da Criança é o Direito à saúde!

1 Comment

  1. Cara Luísa,

    Permita-me corrigi-la: “O sarampo já tinha sido erradicado de Portugal e por isso não fazia parte do Plano Nacional de Vacinação” – esta afirmação não está correcta. A vacina contra o Sarampo nunca foi retirada do plano nacional de vacinação. Esta vacina é e continua a ser administrada a todas as crianças aos 12 meses e aos 5 anos, de forma combinada, ou seja, é administrada uma vacina tríplice contra o sarampo, parotidite (papeira) e rubéola. Nunca deixou de o ser, mesmo com a redução drástica do número de casos de Sarampo em Portugal.
    Mais detalhes sobre o Programa Nacional de Vacinação aqui: https://www.dgs.pt/em-destaque/novo-programa-nacional-de-vacinacao2.aspx
    Cumprimentos

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