FRATERNIZAR – Que Francisco vem a Fátima, o populista ou o beato? – O PAPA QUE O CARDEAL D. MANUEL III E OS BISPOS PORTUGUESES NÃO GOSTAM – por MÁRIO DE OLIVEIRA

 

Ainda está por saber que papa Francisco vem a Fátima dias 12 e 13 de Maio. Se o populista, se o beato. Ou se os dois, em distintos momentos. Garantido é que nenhum dos dois, nem o populista, nem o beato, é discípulo praticante de Jesus Nazaré, da sua mesma Fé política maiêutica, da sua Teologia, da sua Espiritualidade. Pela simples razão de que entre os seguidores de Jesus, o filho de Maria, não há sequer lugar para a existência de papa. Nas suas múltiplas aparições e intervenções – só o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o bate, e por larga vantagem – Francisco tem o máximo cuidado em sistematicamente esconder das multidões e dos outros chefes de Estado do mundo seus vassalos a sua condição de jesuíta e de argentino. O ditador Videla anda demasiado associado a ele e ele ao ditador Videla. Era, ao tempo, o Provincial dos jesuítas na Argentina. Sem que a ditadura tivesse feito dele um mártir, entenda-se, alguém que se identifica tanto com as inúmeras vítimas do ditador e se faz tão próximo delas que acaba uma vítima mais. Não foi o caso, bem pelo contrário. O comportamento que então teve abriu-lhe as portas da Cúria romana que depressa o promoveu a arcebispo de Buenos Aires e, depois, a cardeal e, com isso, lhe deu livre acesso ao papado. Nunca antes um jesuíta havia conseguido chegar ao topo da pirâmide do Poder monárquico absoluto. Menos ainda um jesuíta argentino. Cabe por isso perguntar: O que há assim de tão grave a esconder neste Provincial jesuíta do tempo de Videla, que só mesmo o papado o conseguiria fazer com pleno êxito?! Cabe aos historiadores investigar. Resta saber se há agora historiadores que se atrevam a tanto.

Seria também de todo o interesse investigar o que há no papa Francisco que leva o cardeal de Lisboa, D. Manuel III, e os bispos portugueses em geral a não gostarem dele. No caso do cardeal, por mais que ele tente disfarçar, não consegue. Se dúvidas houvesse, bastaria ler a entrevista que deu a um matutino de Lisboa, na semana anual mais macabra da igreja católica, pomposamente, mascarada de “semana santa”, felizmente, cada vez mais confinada ao interior das catedrais, com excepção da do papa, que essa é urbi et orbi. Um vómito embrulhado em toda aquela ostentação imperial, presidida pelo jesuíta papa Francisco, na sua máscara de beato. Quem conduz a entrevista bem tenta arrancar da boca de D. Manuel III um pronunciamento inequívoco sobre o papa Francisco, mas não consegue. As suas respostas são mais do que evasivas. É uma entrevista cheia de nada. Como nada são os dois cardeais portugueses, mai-los bispos residenciais, um bando de mortos-vivos sepultados nos seus palácios-túmulo, como outros tantos Lázaro de Betânia, o do Evangelho de João, cap. 11. Como ele, também eles são bispos de pés e mãos politicamente atados e uma venda nos olhos das suas mentes-consciências. Incapazes, por isso, de ouvir os Sinais dos Tempos que lhes gritam, Deixai esses palácios-túmulo e essas catedrais-túmulo onde apodreceis e sede simplesmente seres humanos entre as populações e com elas, praticantes de Jesus, da sua Fé, da sua Teologia, da sua Espiritualidade! A verdade é que nenhum se atreve.

É sabido que para chegarem àquele posto eclesiástico, tiveram de renunciar definitivamente à liberdade e à criatividade. Sabem-se reféns de luxo do papa de Roma, seja ele qual for. Sabem-se vigiados, controlados pelo representante dele em Portugal, sua excelência reverendíssima o núncio apostólico, uma espécie de chefe da extinta Pide/DGS do anterior regime português. E o sonho maior que cada um deles acalenta é vir a ter, depois de morrer, um funeral cheio de pompa e circunstância na respectiva sé catedral. Homens – seres humanos – eles não são. Sempre de coleira branca ao pescoço, anel no dedo, cruz peitoral ao peito e, quando em cerimónias litúrgicas, mitra na cabeça e báculo na mão, mostram bem os escravos de luxo em que se tornaram, desde que aceitaram ser bispos residenciais e passaram de filhos de mulher a filhos do Poder.

Sou dos poucos que, desde a primeira hora, afirmo,sem que a voz me trema, que o papa Francisco é o clérigo-mor que a Cúria romana mais precisava, depois da hecatombe que foi o curto papado activo de Bento XVI – o aparentemente passivo ainda prossegue – e o longuíssimo papado de João Paulo II, canonizado às pressas, para que ninguém mais se atreva a investigar todos os crimes que cometeu e, sobretudo, os crimes que outros cometeram e ele ajudou a encobrir, a troco de avultadas quantias em dinheiro que entravam nos cofres do banco do Vaticano. Podem escandalizar-se comigo. Mas continuaremos a ser escabrosamente ingénuos, se pensamos que algum dos papas sucessores dos imperadores de Roma, desde Constantino, são fiáveis. Como fiáveis, se são o Poder monárquico absoluto? Ignoramos que todo o poder corrompe e que o poder monárquico absoluto corrompe absolutamente quem lhe dá a própria alma?

Quando vejo que o chamado Colégio cardinalício, a máfia das máfias, escolhe o cardeal argentino Jorge Mário Bergóglio, jesuita, para sucessor de Bento XVI que, entretanto, exige continuar papa, na condição de emérito, com residência até à morte num dos palácios do Vaticano e com garantido direito a funeral de papa, quando morrer, só posso concluir, como presbítero.jornalista, atento aos sinais dos tempos, que estamos perante a maior operação de maquilhagem do início do terceiro milénio do cristianismo. Sabiamente resisto a toda propaganda que a Cúria romana e seus aliados financeiros do mundo põem em curso, para levar as multidões a idolatrar esta sua nova marca eclesiástica, chamada papa Francisco. É jesuíta, mas faz-se chamar, não Inácio, como o seu fundador militarão que, devido a um acidente se viu incapacitado de prosseguir, mas Francisco, o que, séculos antes de Inácio, se faz pobre contra a pobreza e é deserdado pelo pai rico de Assis. Parece um papa pobre, mas é o que mais tem aberto as portas aos grandes financeiros do mundo, inclusive, quando fala reiteradamente em “economias que matam”, sem nunca se atrever a revelar que só há economias que matam, porque todas estão justificadas em teologias que matam. Chama-se Francisco, mas é Inácio de Loyola século XXI. É Cristo século XXI, não é Jesus Nazaré século XXI.

A sua meteórica vinda a Fátima canonizar o crime-pecado que é o assassinato dos dois irmãos, Francisco e Jacinta, e o sequestro até à morte de Lúcia, prima deles, cometido há cem anos por clérigos de Ourém, coadjuvados pelo então omnipresente cónego Formigão, pelo bispo de Mitilene e pelo primeiro bispo da restaurada diocese de Leiria, é a revelação que faltava para percebermos ao serviço de quê e de quem está o papa Francisco, beato, quando lhe dá jeito, populista, sempre. Podem correr e saltar. Mas com ele a Igreja do Concílio Vaticano II foi definitivamente ao fundo. A primazia do “povo de Deus” não chegou a sair do documento aprovado mas com bastantes votos contra, entre os quais se conta o do então bispo polaco Wojtyla, logo eleito papa João Paulo II, depois do assassinato de João Paulo I, e hoje já dos altares da idolatria É caso para se perguntar, Mas a estas três crianças, senhores, e a tantas outras vítimas de pedofilia clerical, por que lhes dais tantas dores? E por que, nem depois de mortas, deixais de enriquecer à custa delas, com a pérfida canonização de Francisco e de Jacinta?!

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